Na FOLHA DE S.PAULO:
O ex-banqueiro Salvatore Cacciola conversou longamente com a Polícia Federal na primeira parte da sua viagem de extradição de Mônaco para o Brasil. "Ele está se explicando, dando sua versão do que aconteceu", disse à Folha um dos integrantes da equipe da PF que viajou a Mônaco.
Aparentemente tranqüilo, de calça jeans, camisa pólo branca, óculos escuros, tênis e com um relógio no pulso (mas não algemas), o ex-banqueiro quase não parou de falar no vôo de Nice a Paris, de pouco mais de uma hora de duração. Gesticulando bastante, mas calmamente, olhava ora para um membro da PF à sua direita, ora para um à esquerda. Ele viajou no meio, no assento 11B.
Cacciola não quis falar com repórteres que acompanhavam o vôo, lotado. Na saída, o repórter da Folha mostrou a ele um bilhete de meses atrás em que prometia "uma bela entrevista", mas ele disse: "Me desculpe, mas agora eu não vou falar".
Acompanhavam Cacciola dois delegados, um agente e um representante da PF na Embaixada do Brasil em Paris, além do assessor especial do Ministério da Justiça para extradições, Rodrigo Sagastume, e de mais duas pessoas.
O ex-banqueiro deixou a prisão onde passou os últimos dez meses, em Mônaco, às 13h30 de ontem (8h30 no Brasil) e foi de helicóptero para Nice. De lá, partiu às 16h45 para Paris, onde a equipe da PF despistou a imprensa. Ele deveria embarcar às 22h para o Rio, onde deveria chegar às 5h de hoje (horário de Brasília).
Em Nice, Cacciola chegou a sorrir em alguns momentos. Como repórteres tiravam fotos do grupo, o ex-banqueiro atraiu a atenção de turistas, que passaram a também tirar fotos com celulares, mesmo sem saber de quem se tratava.
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