quinta-feira, 10 de julho de 2008

Afinal de contas, de quanto é o buraco financeiro do Remo?

Se todos – ou quase – já estão, por que ele não deveria estar?
Ércio Bemerguy, bancário aposentado, radialista idem e um dos primeiros do time de locutores da então Rádio Educadora de Santarém – hoje Rádio Rural – também está na blogosfera.
Entrou no ar o Mocorongo, blog em que Ércio não apenas vai contar coisas e causos sobre sua longa vida de bancário e radialista como vai exercer o seu direito de criticar.
E já começa criticando.
Sob o título “A nação azulina exige transparência”, ela faz uma postagem na qual, como remista de coração, mete a sua colher no angu temperado pela administração nula, insossa, catastrófica, destrutiva de Raimundo Ribeiro, aquele que, você sabe, só planeja quando há dinheiro em caixa.
Abaixo, a cobrança do Mocorongo:

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Nas entrevistas em jornais, rádios e televisões, o atual presidente do Clube do Remo, Raimundo Ribeiro, é só lamentação. Repete sempre: “O clube está numa situação difícil, sem dinheiro para pagar jogadores, comissão técnica e funcionários da sede social e do Baenão. Das rendas dos jogos realizados recebemos uma mixaria. Quase tudo vai para a Justiça do Trabalho, Federação Paraense de Futebol, Seel e INSS. Os nossos torcedores, os nossos conselheiros, todos os azulinos precisam ajudar mais a nossa diretoria, caso contrário, iremos permanecer na série C. Não estamos hoje na série “B” porque no ano passado não tínhamos dinheiro para pagar os nossos atletas durante toda a competição.”
Qual o montante de “Contas a Pagar” do Leão Azul? Uns dizem R$-7 milhões, outros supõem que já está se aproximando dos R$-10 milhões.
O valor exato ninguém sabe, nem mesmo os diretores da agremiação. Como, então, pretender que a nação azulina colabore mais e melhor sem que seja desvendado este mistério?
Há quem diga categoricamente que “sempre foi assim”; que “entra e sai diretoria e nada é justificado, nada é explicado di-rei-ti-nho”; e que “as prestações de contas são duvidosas”. Não concordo! Em 1999, por exemplo, na gestão da Junta Governativa (Tonhão - coordenador, Clóvis Malcher Filho, João Santos, Paulo Mota e Ubirajara Salgado - membros), era diferente, sim. Prova disto é esta notícia que constou da “Coluna do Leão”, redigida por mim e publicada no jornal Diário do Pará – Caderno BOLA, em 25.04.1999:
“Na última reunião do Conselho Deliberativo, quando Raul Carneiro, diretor-financeiro, apresentou os demonstrativos financeiros do período janeiro a março/99 (receitas: R$-389.997,65; despesas: R$-379.440,24; saldo positivo: R$-10.557,41) os Conselheiros ficaram surpresos e ao mesmo tempo eufóricos. Surpresa porque esta prática de prestar contas não acontecia há muito tempo. Euforia porque constataram que está havendo transparência e responsabilidade por parte do setor financeiro do clube, permitindo, assim, que todos saibam quanto e como está sendo aplicado o dinheiro que entra nos cofres da agremiação.”
Posteriormente, também na “Coluna do Leão”, a considerada caixa-preta azulina foi escancarada: “Raul Carneiro deu conhecimento aos Conselheiros do Remo, que, com base em 05.01.99, início da gestão da Junta Governativa, o montante de ‘Contas a Pagar’ é exatamente R$-3.501.642,89. Os credores são: ex-atletas, funcionários, prestadores de serviços, fornecedores, hotéis, INSS e FGTS.”
Será que decorridos nove anos o valor total das dívidas do Leão Azul duplicou? Ou triplicou? A galera quer e precisa saber, presidente! O “fenômeno azul” está vivo, mas, para atender aos seus apelos de ajuda, precisa estar ciente da verdade, da real situação financeira do clube. Quer saber o que, a quem e quanto exatamente o clube está devendo. Não permita, presidente, que a história do Clube do Remo seja dividida e contada em duas metades: uma de glórias conquistadas e a outra de contas a pagar.

2 comentários:

Anônimo disse...

A propósito, foi deprimente e de deixar engasgado nós azulinos, assistir a reportagem da tv sobre o estado de abandono da outrora sede campestre em Benfica.
O pouco que existia está quebrado, saqueado, pichado, sumindo por trás do mato que domina o local.
Da piscina levaram até o revestimento de lajotas!
E na mesma reportagem, pasmem, aparece, em vídeo da época da compra da área, o "planejador" R.Ribeiro, então presidente , contando lorotas tipo "construir uma enorme churrascaria, um complexo de campos de futebol, concentração".
Depois, nova aparição do "planejador-só-qdo.-tem-dinheiro" repetindo a eterna ladainha de abandono e falta de ajuda.
Deprimente de assitir!
Será que algum membro do Condel(os delicados)verteu ao menos uma lágrima?
Meu sentimento foi de revolta.
E o seu, amigo azulino?

Poster disse...

Anônimo,
O sentimento de todos os remistas é de revolta e desolação diante de deboches como esse que você relata. E como já se disse aqui: o maior adversário do Remo é Raimundo Ribeiro.
Vamos postar seu comentário na ribalta nesta sexta.
Abs.