O presidente do Remo, Raimundo Ribeiro, reagiu com fair-play de fazer inveja a qualquer um à notícia de que o clube perdeu parte de seu patrimônio.
Trata-se daquela área do Baenão onde já funcionou o Carrossel, depois um bingo e ultimamente funcionava uma aparelhagem. O clube perdeu a área por R$ 1,1 milhão, em leilão promovido pela Justiça do Trabalho para pagar ex-funcionário do clube que ingressou em juízo para receber o que lhe deviam.
“Não tenho maiores informações [sobre a arrematação]. Ainda vou procurar me informar sobre esses detalhes”, disse Ribeiro, ao ser questionado sobre o assunto. Mas acrescentou, o mesmo cartola, ter certeza de que a alienação de parte do patrimônio será revertida porque o TRT da 8ª Região haverá de acolher recurso a ser impetrado pelo Remo.
Ribeiro fala assim, com esse otimismo todo, porque o patrimônio do Remo não é dele. A área que pertencia ao Remo foi leiloada porque é do Remo, e não de quem administra o clube. Foi leiloada porque os que administram o Remo não gostam do Remo. Não gostam. Se gostassem, nem ficariam a propagar seus amores e suas paixões pelo clube. Em vez disso, trabalhariam para tirar o Remo dessa situação vergonha, vexatória, humilhante, de descalabro financeiro em que se encontra. Trabalhariam para tirar o Remo dessa situação em que não há disponíveis no caixa ínfimos R$ 300 para pagar um local onde o clube possa treinar fora do Baenão, de segunda a sexta-feira.
É inadmissível, verdadeiramente inadmissível, que ninguém da diretoria do Remo tenha se dado conta de que, naquele leilão, uma parte do patrimônio do clube poderia ser alienada. Por essas e outras e que Ribeiro, por tudo o que não tem feito no Remo, jamais será esquecido. Sinceramente, não dá para esquecer Raimundo Ribeiro. É impossível que seu nome não fique entronizado no Remo para sempre. Por tudo o que Raimundo Ribeiro tem deixado de fazer pelo Remo.
Olhe, presidente, no dia 25 deste mês, será a vez de a sede social da avenida Nazaré novamente ir à leilão. O senhor vai ao leilão?
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