O secretário-geral da Executiva Estadual do PSOL,
É a seguinte a nota de
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Fiquei boquiaberto com os comentários dos senhores João Batista e Adalberto Aguiar publicados no seu blog no dia de hoje.
Em primeiro lugar, a afirmação de que "PSOL, PSTU e PSDB sempre estiveram juntos no Estado contra o PT" não tem base na realidade. Fui secretário municipal de educação do governo Edmilson Rodrigues (na época no PT) e convivi com poderosas greves dos professores. É normal que os partidos de oposição a dado governo apóiem movimentos grevistas. Porém, isso não caracteriza alianças, pragmáticas ou não. O problema é o seguinte: caso existisse tal aliança, a postura intransigente do governo Ana Júlia e a repressão policial se justificariam?
Em segundo lugar, a presidente nacional do PSOL, ex-senadora Heloisa Helena, disputou as eleições para Presidência da República e recebeu dos brasileiros quase sete milhões de votos. Não é responsável pela volta do senhor Collor de Mello ao cenário político. Agora, convenhamos, o PT é o principal responsável no momento por ressuscitar figuras que deveriam estar no esquecimento. Basta lembrar de Jader Barbalho, Sarney, Collor (que está num partido da base de sustentação do governo Lula), Delfim, dentre outros.
Em terceiro, negociar é dever de qualquer governo. Tratar os servidores públicos com respeito, também.
O presidente municipal do PT acha a "proposta do governo Ana Júlia" boa e coerente e considera a repressão policial apenas excessos. Realmente é o fim da picada. Se a proposta fosse "boa" não teria estourado a greve. E excesso é quando um ou outro policial, sem autorização governamental, espanca alguém. Pergunto: o governo autorizou a ação policial? Se não, tomou alguma providência para punir os responsáveis?
Por fim, lembro que recém-eleito pelo voto popular, o antes inimigo e atualmente aliado do PT, o cacique Jader Barbalho reprimiu uma greve dos professores. E nunca mais conseguiu levantar a cabeça para olhar nos olhos desta importante categoria.
Luiz Araujo
Secretário Geral do PSOL
Ex-secretário de Educação de Belém (1997-2002)
2 comentários:
Sr. Luiz Araújo, sua memória é curta!
O senhor realmente enfrentou duas greves quando secretário de educação do governo Edmilson, infelizmente, usando as mesmas armas que o atual governo do PT no estado:
1 - Taxando os grevistas e suas lideranças de inimigos do povo, aliados dos tucanos e da direita ou membros do PSTU, quando a maioria era eleitora ou filiada ao PT.
2 - Criminalizando o movimento grevista, como desoredeiros e baderneiros, depredadores do patrimonio público.
3 - Para com isso justificar, a improcedencia da greve, bem como a vilenta repressão, que se assistiu contra a categoria que tentava ser recebida pelo Prefeito no Palácio Antonio Lemos.
4 - A luta era e continua sendo a mesma, o governo não é mesmo, mas as justificativas e atos continuam os mesmos. O governo está dando um percentual acima da inflação do periodo, não pode dá mais por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal.
5 - Concordo com sua última constatação. Não foi a toa, que o Edmilson depois que mandou ou mandaram baixar o cassetete democrático nos professores nunca mais conseguiu participar dos foruns da sua categoria, já que tinha sido Presidente do Sindicato e na última Assembleia da greve estadual, quando discursou recebeu uma sonora vaia.
Pensa que nós somos leso, sumano!
Anônimo,
É pena que você seja Anônimo. Podeei muito bem se identificar. Mas vou postar você na ribalta, ao longo da manhã desta terça-feira, para servir de contraponto às críticas do professor Luiz Araújo.
Abs.
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