quarta-feira, 14 de maio de 2008

Bancada ruralista festeja saída de Marina do cargo

Na FOLHA DE S.PAULO:

Adversários de Marina Silva em questões como o uso de transgênicos e pecuária extensiva, integrantes da bancada ruralista no Congresso criticaram a atuação da ministra no Meio Ambiente. Mas ela também recebeu elogios no Senado de governistas e da oposição.
Vice-presidente da CNA (Confederação Nacional de Agricultura) e produtora agrícola, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) reconheceu a importância política de Marina, mas criticou sua atitude ideológica frente à pasta.
"Sem demagogia, eu tenho admiração pela história e a vida da ministra. Só que ela tem um componente ideológico fortíssimo que atrapalha o Brasil a crescer", afirmou ela. "Quando se exagera no protecionismo você incentiva o crime. Quanto mais punitivo, mais você empurra a pessoa para o crime."
Ronaldo Caiado (DEM-GO), um dos líderes da bancada ruralista na Câmara, lembrou que Marina dificultou os avanços na área tecnológica. "Os problemas que ela criou o próprio governo é que tem de explicar."
Caiado, contudo, disse que preferiria "não crucificá-la". "Afinal, ela não tomou as decisões sozinha. Sempre teve o apoio do presidente", disse. "Até tenho muito respeito por ela. É uma das poucas pessoas no governo que têm posição."
O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou que a gestão da ministra representou um atraso para o país e que ela demorou para deixar o cargo. "A saída dela pode fazer com que o bom senso seja retomado nas questões ambientais. Havia uma carga ideológica muito forte, um preconceito contra o agronegócio." "Ela atrasou muito o Brasil com a irracionalidade no trato de questões como os transgênicos."

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Um comentário:

Yúdice Andrade disse...

"Bancada ruralista". Só de ouvir já me dá arrepios. Algo parecido ao que um negro norteamericano sentia na década de 1960 quando se falava "Ku Klux Klan".
São devastadores, inclusive de vidas. Deus nos livre dessa gente!