Podem anotar: esta Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a farra de gastos com cartões corporativa vai pegar fogo nesta quarta-feira, quando serão votados requerimentos. Vai sair faísca. Ou faíscas. Muitíssimas.
Começa que no final de semana os ânimos se acirraram acima do previsível, desde que a revista “Veja” chegou às bancas, trazendo matéria sobre dossiê que o Palácio do Planalto teria produzido para supostamente chantagear oposicionistas.
O dossiê contém os gastos com cartões corporativos efetuados nos últimos cinco anos do governo Fernando Henrique Cardoso. A discriminação das despesas mostra que são gastos de natureza semelhante às que foram feitas no governo Lula.
A função do dossiê, nesse sentido, seria a de desestimular parlamentares oposicionistas que estão dispostos a quebrar a barreira do sigilo imposto aos gastos diretamente afetos à Presidência da República para escarafunchar as despesas do presidente da República, de sua família e do seu estafe mais próximo.
Além disso, a confusão vai aumentar porque o general Jorge Félix, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, estará ausente do depoimento marcado para amanhã. A presidente da CPMI, senadora Marisa Serrano (MS) comunicou oficialmente a várias parlamentares da Comissão, no último final de semana, que o general não vai comparecer.
A previsão é de que, ainda na noite desta segunda-feira, a senadora Marisa Serrano reúna os oposicionistas para definir uma linha de ação, sobretudo depois da matéria publicada pela revista “Veja”.
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