domingo, 16 de março de 2008

“É preciso saber o que acontece atrás dos muros da Uepa”

De um Anônimo sobre o post Abrem-se as cortinas do – péssimo – espetáculo na Uepa:

Uma coisa eu realmente concordo com você: o processo todo já começou errado com o regimento eleitoral, que não foi gracioso não, mais muito bem montado para favorecer uma das partes. Este Regimento Eleitoral foi votado no Conselho Universitário em uma reunião marcada as pressas, onde só os partidários do Silvio Gusmão sabiam antecipadamente da mesma e compareceram em massa. Portanto este conselho que era para ser representativo de toda a comunidade universitária não cumpre com esta função, pois é constantemente manipulado e muitas vezes atropelado com resoluções ad referendum. Nesta reunião o Prof. Jofre que nem era ainda candidato juntamente com outros professores, defenderam que a eleição fosse feita pautada principalmente em debates já que tratava-se de uma eleição em uma academia e que fosse evitado grandes gastos que fossem influenciados pelo poderio econômico. Defenderam também que quem ocupasse cargos de chefia na UEPA se afastassem durante o período das eleições para que fosse evitado o uso da máquina administrativa. Que só votassem funcionários do quadro efetivo da Uepa. Todas essas propostas foram rejeitadas por este Conselho. Se a comunidade fosse ouvida em relação a estas questões com certeza decidiria por um caminho mais democrático que desse condições de igualdade para todos os candidatos e para fazer que as eleições da UEPA fosse a escolha livre de uma posição consciente, sem nenhum tipo de coação ou influencia do poder econômico, e assim talvez evitássemos toda essa celeuma que se criou. Mas acredito também que já era hora da sociedade saber o que acontece atrás dos muros da UEPA. É necessário que mesmo após estas eleições se travem mais debates sobre o papel desta instituição para o desenvolvimento do Estado, sua relação com o poder executivo, sua autonomia e uma possibilidade de maior participação maior da comunidade da UEPA na gestão.

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Sem dúvida, a Uepa precisa sanear-se. Se aproveitar essa crise toda para sanear-se, sairá engrandecida.
Porque a Uepa não é do professor Gusmão, do professor Bira, do professor Palácios, do PT, do PSDB, do PMDB - de ninguém. Deve ser de todos.
Na Uepa, como em qualquer academia, as pessoas podem e devem ter suas preferências e convicções. Podem e devem externá-las. Podem e devem divergir, discordar, debater. Porque lá um espaço onde o confronto das idéias, das preferências e da discordâncias deve temperar sempre a vida acadêmica.
Quando isso se transforma em politicagem, no exercício indevido de poderes, nos "acertos de contas" entre grupos e grupelhos políticos, então chega-se ao nível da sarjeta.
É onde a Uepa se encontra. Deploravelmente.

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