sábado, 8 de março de 2008

Por que Chávez quer a guerra


Na VEJA:

O destempero verbal é uma característica dos caudilhos fanfarrões e, na maior parte das vezes, não deve ser tomado ao pé da letra. A saraivada de insultos e ameaças disparados por Hugo Chávez contra o governo da Colômbia pertence a uma dimensão mais perigosa – aquela na qual trafega o projeto de poder totalitário da esquerda radical na América Latina, único lugar do mundo onde essas sandices que envenenaram o século XX ainda parecem ter algum fôlego. A verborragia do presidente venezuelano é um elemento da estratégia de fomentar tensões na região. Caso os colombianos caíssem na armadilha de reagir à mobilização de tropas venezuelanas, na semana passada, Chávez talvez tivesse conseguido o que queria. Ele desejava uma escalada militar. Nas sombras, por procuração, Chávez já se envolveu na luta armada contra o governo democrático do país vizinho. O governo chavista é hoje o principal patrocinador político e financeiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A esquerda radical da América Latina, liderada por Chávez, sonha usar essa organização, cuja especialidade são os seqüestros e o narcotráfico, para criar um clima de guerra que cause a desestabilização dos governos democráticos do continente. Ironicamente, a oportunidade para tocar esse projeto foi fornecida por uma nova derrota do terrorismo.
Na madrugada de sábado, primeiro dia de março, um ataque aéreo colombiano devastou um acampamento das Farc instalado nas matas do Equador, a menos de 2 quilômetros da fronteira com a Colômbia. O bombardeio matou Raúl Reyes, o segundo na hierarquia da organização, e 22 de seus companheiros. Reyes era um dos sete membros do secretariado, o comando central das Farc. Dos escombros do acampamento, os militares colombianos recolheram o corpo do chefe terrorista e três computadores portáteis cujo conteúdo se revelou explosivo. Nos arquivos digitais estava a correspondência interna da organização. Nela se pode ler que Chávez entregou ou iria entregar 300 milhões de dólares ao terror e que eram excelentes as relações com o governo do presidente do Equador, Rafael Correa (veja quadro).

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5 comentários:

Anônimo disse...

Chávez está vivendo um momento de tentativa de supremacia, pretende de todas as formas mostrar que possui poder e, para isso, tenta ludibriar o povo venezuelano e fazer alianças com grupos possuidores de força e capacidade de liderança.
Acredito que nossos políticos estejam atentos a tudo o que está acontecendo no governo Chavista, bem como mantendo em alerta nossos serviços de inteligência.

Anônimo disse...

Um texto ditado pelo Departamento de Estado dos EUA e fielmente reproduzido pela Veja, aceito imediatamente pelos intelectualmente simplórios e/ou mal intencionados.

Poster disse...

Olá, Anônimo.
Você bem que poderia discorrer melhor sobre por que são "intelectualmente simplórios e/ou mal intencionados" os que condenam o perfil ditatorial de Hugo Chávez, independentemente de Veja ter reproduzido, como você diz, "texto ditado pelo Departamento de Estado dos EUA".
Está aberto o espaço pra você fundamentar melhor suas idéias e para que possamos debater aqui.
Abs.

Marco Sales disse...

Escrever e postar anônimo, é marca da covardia.
Se você é tão intelectualmente desenvolvido, ou melhor genial, por que se esconde?
Como todo covarde, os defensores do Chávez, se escondem, fogem, escrevem besteiras e não se mostram.
Bom, você é um ser "superior", kkkkkkk.

Poster disse...

Marco, você está absolutamente certo. Ninguém deve ter medo e nem constrangimento de discutir suas idéias. Ninguém.
A discordância é salutar. Debater claramente, idem. É assim que se constrói e se consolida um ambiente de liberdades - sem estigmas, sem falsos rótulos e sem falsos heróis.
Continua o espaço aberto para que o Anônimo das 19:40 volte aqui para debater.
Parabéns, Marco.
Abs.