sexta-feira, 7 de março de 2008

Lupi anuncia que vai deixar comando do PDT

Em O ESTADO DE S.PAULO:

Depois de três meses de desgaste por causa da recomendação da Comissão de Ética Pública da Presidência da República para que se afastasse da presidência do PDT, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, anunciou que vai deixar o comando do partido.
Lupi alegou que não quer causar constrangimento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ontem, o ministro reuniu-se com o novo presidente da Comissão de Ética, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Sepúlveda Pertence.
Lupi aguardava apenas a posse de Pertence para formalizar sua decisão, já que estava em confronto direto com o ex-presidente da comissão, o ex-ministro da Fazenda Marcílio Marques Moreira. Para o ministro, afastar-se da presidência do PDT com Marcílio à frente da comissão soaria como uma derrota ainda maior.
Lupi também enfrentou série de denúncias de irregularidades em convênios firmados pelo Ministério do Trabalho com ONGs ligadas a políticos do PDT. O ministro nega qualquer envolvimento em favorecimento das instituições.
Com a chegada de Pertence, Lupi alegou que “o clima mudou” e o novo presidente da comissão não cobrava sua saída. Mas reconheceu que Lula estava em uma situação difícil porque teria que optar entre ignorar a recomendação da Comissão de Ética ou demiti-lo.
Com o afastamento, Lupi disse que seu substituto será o primeiro vice-presidente do partido, o deputado Vieira da Cunha (RS), atual líder do PDT na Câmara. Segundo Lupi, a posse do vice, em caso de licença do presidente, está prevista no estatuto do partido.
Lupi formalizou a saída do comando partidário um dia depois da reunião com a cúpula do PDT, quando recebeu solidariedade pública, embora tenha sido aconselhado, em reunião fechada, a se afastar logo. O ministro não quis anunciar o pedido de licença na ocasião para não deixar a impressão de que tinha sido forçado pelos companheiros de partido.

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