sábado, 8 de março de 2008

Ginástica para seu cérebro


Na ÉPOCA:

Você está muito concentrado. Não tira o olho de um pequeno quadrado branco bem no meio da tela do computador. A qualquer momento, uma letra vai piscar dentro da caixinha. No mesmo instante, um passarinho vai aparecer em algum canto da tela. Sua tarefa é clicar na ave com o mouse para em seguida digitar a letra no quadrado. Você está jogando um game chamado Birdwatching (Observando Pássaros) e, se seu chefe o flagrar fazendo isso no meio do expediente, você terá uma boa explicação para fornecer: está exercitando sua mente. Quanto mais praticar, melhor e mais rápido seu cérebro ficará – pelo menos é o que lhe garantiram.
O Birdwatching é o orgulho da Lumos Labs, uma produtora de software de São Francisco, na Califórnia. Ela é apenas uma das dúzias de empresas que começaram a pipocar nos últimos meses nos Estados Unidos, sequiosas de uma fatia do nascente mercado de softwares para o que eles chamam de “treinamento cerebral”. A teoria é simples: seu cérebro funciona como um músculo. Quanto mais usá-lo, mais forte ele ficará.
Para quem acredita nessa afirmação, existem nos EUA e na Europa centenas de games para acelerar o cérebro. No Brasil, os produtos mais conhecidos e os únicos distribuídos são os games Brain Age 1 e 2 e o Big Brain Academy, disponíveis para os consoles DS e Wii, da Nintendo. Eles foram desenvolvidos pelo neurocientista japonês Ryuta Kawashima, do Instituto do Desenvolvimento, Envelhecimento e Câncer da Universidade Tohoku, em Sendai, ao norte de Tóquio.
Todos os fabricantes de games de exercícios mentais defendem a eficácia de seus produtos. Os argumentos são basicamente dois. Eles oferecem “melhoria do funcionamento cerebral” – como atenção, memória e velocidade de processamento – ou “retardamento do declínio inevitável decorrente do envelhecimento”. As empresas dizem que seus programas são baseados nas mais recentes evidências científicas.
Diante dessa afirmação, vale a pena investir no treinamento cerebral? Você corre o risco de ser passado para trás por alguém que se tornou mais esperto porque aderiu à nova mania?

Mais aqui, para assinantes.

3 comentários:

Anônimo disse...

Contribuíndo com o Blog, devo ressaltar que desde 2007, muitos especiailistas já afirmam que "games de tiro e ação" melhoram em até 20% a capacidade visual, principalmente em reconhecer e identificar letras, mudando a maneira com que o cérebro processa informação visual.

Lembre-se: os games devem ser jogados de forma moderada e preferencialmente diversificado, pois irá melhorar ainda mais sua capacidade mental.

Anônimo disse...

Em homenagem as mulheres, vejam a seguinte informação, retirada do site Educação Cerebral: "Segundo pesquisa conduzida pela universidade de Toronto, mulheres que jogam videogames conseguem melhorar a percepção espacial e diminuir a diferença com os homens, cuja estrutura cerebral é mais adaptada para esse fim."

Poster disse...

Ryan,
Interessante. Vou destacar na ribalta o seu comentário.
Abs.