sábado, 22 de março de 2008

Gases fazem defunto se mexer


No AMAZÔNIA:

Um caso inusitado mobilizou a cidade de Castanhal, região Nordeste do Pará, em plena Sexta-Feira Santa. O corpo do mecânico Antonio da Silva Ramos, de 61 anos, que morreu de ataque cardíaco, soltou gases durante a contração dos nervos da região abdominal e levou os paraentes e amigos a acreditarem que ele estivesse vivo. Um médico do hospital municipal da cidade constatou a morte e acabou com as esperanças dos parentes do morto que já acreditavam se tratar de um caso de ressurreição. Mais de 40 mil moradores do bairro do Jaderlândia, um dos mais populosos da cidade de Castanhal, onde o defunto morava, acompanharam o caso, que misturou esperança, dor e uma dose de humor.
O mecânico Antonio Silva Ramos morreu na madrugada de ontem, após sentir dores no coração. Os filhos ainda levaram o pai ao hospital, mas ele não resistiu e faleceu por volta das 5 horas da madrugada. O corpo do homem foi levado para sua residência, localizada na rua Adailson Rodrigues n° 643, no bairro do Jaderlândia, onde estava sendo realizado o velório por parentes e amigos.
Em dado momento, alguns dos presentes perceberam que a boca do defunto estava se mexendo. O filho dele, o lanterneiro José Carlos, de 31 anos, disse que tocou no pescoço do pai e sentiu uma pulsação. Outras pessoas teriam visto um dos pés de Antonio Ramos se mexer. A confusão foi formada. Foi um corre-corre, a choradeira passou a ser de esperança pela ressurreição do mecânico. Os filhos retiraram o corpo do defunto de dentro do caixão, e o levaram de volta para o hospital municipal. A notícia logo correu pela vizinhança. Centenas de pessoas foram para a casa de Antonio, onde começaram a rezar e conversar sobre um possível milagre. 'Será que um novo Lázaro surgia no nordeste paraense, ressuscitado por Jesus Cristo?', indagavam os vizinhos do mecânico.
No hospital, um médico examinou o corpo do mecânico e constatou que, de fato, Antonio da Silva estava morto. E que os movimentos percebidos pelos parentes não passaram de contrações provocadas por alguns nervos e pelos gases que ainda estavam no abdômem do falecido. Desfeita as dúvidas e perdidas as esperanças, restou aos familiares de Antonio levar o corpo de volta para casa, prosseguir com o velório e, por volta das 17h de ontem, fazer o sepultamento. No hospital ninguém quis falar sobre o caso alegando falta de autorização por parte da direção da casa de saúde.

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