Na FOLHA DE S.PAULO:
O presidente do Peru, Alan García, tem subido o tom das acusações de ingerência política da Venezuela no país, enquanto é acossado pela queda de popularidade -28% de aprovação em março- e pela inflação anual de 4,82%, a maior desde 1999.
García defendeu investigação do Congresso, que deve se instalar nos próximos dias, sobre as chamadas "Casas da Alba (Alternativa Bolivariana)", sob a acusação de que os centros de assistência são financiados por Caracas para patrocinar "contrabando ideológico" no Peru.
Nas últimas semanas, a polícia peruana prendeu nove pessoas sob a acusação de que são militantes financiados pelo governo Hugo Chávez e "terroristas". Investiga, agora, a ligação deles com as Casas da Alba.
A comissão de investigação parlamentar -formada pelos apristas de García e aliados fujimoristas- terá poderes de quebrar sigilo bancário e telefônico de acusados, enquanto a oposição a acusa de fazer "caça às bruxas" e de tentar criminalizar os oposicionistas.
"Não deve haver nenhum tipo de penetração nem territorial, nem ideológica. Celebro que o Parlamento tenha começado a investigar as Casas da Alba que estão servindo de ponto de encontro de todos que estão contra o sistema democrático e instituições nacionais", disse García.
O presidente já insinuou que fechará a embaixada venezuelana se os laços com os centros forem comprovados -a Venezuela nega as ligações.
As acusações do governo peruano se somam às da oposição da Bolívia e da Nicarágua, e até do governo de El Salvador, de que Caracas financia atividades políticas em seus países.
O governo Chávez divulga ações sociais em vários pontos e prevê no Orçamento de 2008 US$ 193,4 milhões para "fortalecer os movimentos alternativos na América Central e no México", embora não nomeie potenciais apoiados.
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