segunda-feira, 10 de março de 2008

Empate aumenta a crise


No AMAZÔNIA:

O pouco público que foi ao Mangueirão ontem à tarde praticamente dividiu as forças da torcida, com os azulinos tendo que ver os torcedores do Vila Rica incentivando o time de Cametá a todo instante. Para eles, em sua maioria formada por cametaenses, era bem mais fácil torcer, já que o Cachorro Doido vem com a segunda melhor campanha do Campeonato Paraense, ao passo que o Leão Azul amarga uma sexta posição e corre o perigo de nem se classificar para a semifinal do primeiro turno. Mesmo com a lógica quase nunca andando de mãos dadas com os resultados finais no futebol, ontem ela esteve presente no estádio estadual e o no final os dois times ficaram no empate sem gols, aumentando ainda mais a crise azulina.
O resultado final acabou sendo justo. A equipe visitante foi sempre melhor em campo, mas as chances de gols foram escassas para ambos os lados. O Remo conseguiu, no máximo, equilibrar as ações em alguns momentos. Pior, ainda desperdiçou a chance de abrir o placar aos 30 minutos do primeiro tempo quando o goleiro Evandro fez uma grande defesa na cobrança de pênalti feita pelo meia Lenílson. Para deixar tudo mais complicado, oito minutos depois o zagueiro Diego Barros recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso.
O principal problema do Remo - e eles foram muitos - estava na total intranqüilidade dentro e fora de campo. De tanto reclamar, o técnico Arthur Oliveira foi expulso no intervalo de jogo. Diego Barros, antes de ser expulso, recebeu o primeiro cartão amarelo depois de discutir asperamente com o atacante Jaílson. Na etapa final Anderson Seffrin, que entreou para recompor a zaga, também foi excluído de campo ao dar um 'coice' no adversário. Como até agora os maiores méritos do treinador remista estavam na forma como ele motivava a equipe, em detrimento da preparação técnica e tática, quando essa força se esvai o que sobra em campo é uma equipe desarrumada, valendo-se de esporádicos momentos de lucidez de alguns jogadores.
A bem da verdade o time de Cametá também teve dois jogadores expulsos. Mas um deles, o atacante Jaílson, recebeu o vermelho no pior de todos os erros do árbitro de ontem. O jogador do Vila foi claramente derrubado dentro da área e Fernando José de Castro Rodrigues achou que foi encenação.
Após a partida Arthur afirmou que a continuar da forma como está o caminho azulino no Parazão ficará cada vez mais complicado. Ele reclama a falta dos quatro reforços para o meio-de-campo e ataque que pediu, os quais, dize ele, a cada semana que passa, a diretoria promete que chegarão. 'Lá atrás, na defesa, e na frente da zaga dá para segurar. Do meio para frente preciso de uma solução', confirmou o treinador do Remo
Segundo colocado com 13 pontos, o Vila Rica está muito próximo da classificação para a semifinal. Com três rodadas pela frente, sendo que duas em casa onde tem um aproveitamento muito bom. 'Traçamos um objetivo de pelo menos 16 pontos nesse primeiro turno. Se vencermos na quarta-feira vamos carimbar essa. Depois teremos também em casa o Tiradentes para carimbar essa classificação', explicou o técnico do time de Cametá, Fran Costa. O Remo, por sua vez, agora corre por fora. Com oito pontos e na sexta colocação não se pode dizer que está numa situação desesperadora, mas não é confortável. As três rodadas reservam confrontos espinhosos. Depois de amanhã será a vez do Águia fora de casa, e o time de Marabá precisa da vitória para ainda sonhar com o turno. Depois vem o clássico com a Tuna Luso que, mesmo nos piores momentos, tradicionalmente é uma pedra no caminho azulino. Por fim será a vez do Ananindeua, equipe que ocupa a quinta colocação e também precisa pontuar. Sem muito o que fazer enquanto o elenco não ganha maiores opções, ao treinador resta encarar o desafio. 'Tenho que dar a cara para bater, mesmo nas dificuldades', disse Arthur.

Mais aqui.

2 comentários:

Anônimo disse...

É mesmo muito duro aturar esse amontoado de pernas-de-pau do Remo.
Pobre do goleiro Adriano, herói solitário em todos os jogos.
E o tal "ronaldinhogauchoparaguaio" Lenilson? uma aberração peladeira vista como craque pelo Bagé e avalizado pelo R.Ribeiro.
Pobre Clube do Remo, uma nau sem remo, sem rumo e sem direção.
Nós, torcida azulina de primeira, não merecemos tamanha indiferença e incompetência juntas.
Sai, Raimundo. Desocupa! Chega!

Poster disse...

Anônimo,
Seu comentário é perfeito.
E a parte final, a última linha expressa o sonho de todos os remistas.
Abs. E não desista (rssss).