Em O ESTADO DE S.PAULO:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desqualificou ontem os adversários políticos que consideram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) um projeto eleitoreiro. “De vez em quando alguém fala assim para mim: ‘os governos estão utilizando o PAC eleitoralmente’. Isso é de uma cretinice verbal que não tem lógica”, afirmou. Segundo Lula, se isso fosse verdadeiro, ele não teria assinado convênio de R$ 8 bilhões com o Estado de São Paulo e outros com Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Sul, além de um de R$ 1,1 bilhão com a Prefeitura de São Paulo, todos governados por integrantes de partidos adversários.
“A mim não importa de que partido é o prefeito, de que partido é o governador. O que importa é que o Estado tem necessidade, a cidade tem necessidade, nós temos o programa, temos dinheiro e nós vamos fazer a obra”, sustentou, acrescentando que, em cidades onde o prefeito não é do PT, até pode haver petistas contrariados, “de biquinho”. E argumentou: “Eu não estou subindo no palanque com outro candidato, estou subindo com a pessoa que administra a cidade, portanto com quem de direito representa naquele instante, institucionalmente, o município”.
Lula também negou que tivesse feito críticas a ministros por não lhe passarem números corretos do PAC. “O que eu disse é que, como tem R$ 504 bilhões em vários ministérios e as coisas acontecem muitas vezes na Caixa Econômica, nos ministérios, em parcerias com Estados e municípios, precisamos ter um único sistema de controle de tudo, recebendo online as informações.”
Em Foz, além de convênio para construção de 1.100 casas populares, o governo assinou autorização de uso de águas públicas para a criação de peixes. Os produtores utilizarão as águas da barragem de Itaipu num sistema de criação em tanques-rede.
Em Florianópolis, Lula voltou a pedir mais rapidez na condução das obras do PAC e, no fim, acabou retomando as queixas da véspera. “Às vezes, a Dilma (Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil) reúne três ou quatro ministros que têm posições diferentes sobre uma obra e ficam um, dois meses, e tem de ir para minha mesa para decidir”, reclamou.
Em um discurso de improviso de mais de meia hora, ele criticou a oposição, a quem responsabilizou pelo fim da CPMF, e ressaltou os resultados da economia. “Está tudo do jeito que Deus gosta. Antes era tudo do jeito que o diabo gostava”, disse, exaltando as conquistas de sua gestão.
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