terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Xstrata não aceita oferta de US$ 76 bi da Vale

Na FOLHA DE S.PAULO:

A mineradora suíça Xstrata rejeitou a oferta de US$ 76 bilhões (cerca de 40 libras esterlinas por ação) feita pela brasileira Vale, de acordo com o "Financial Times". Segundo o jornal britânico, a empresa européia e a principal acionista, a Glencore (que detém 35% de participação), querem uma proposta de 45 libras esterlinas por ação para fechar o negócio que criaria a maior empresa do setor, superando a anglo-australiana BHP Billiton.
"Os preços por ação [desejados pelas empresas] não estão se movendo na mesma direção", disse uma pessoa ligada às negociações entre as duas mineradoras. "Essa é a grande questão. Está criando uma série de desavenças e muito desconforto entre as duas partes."
Procurada, a Vale não comentou o assunto. No entanto a Folha apurou que o preço atravanca as negociações.
"As duas partes não estão nem um pouco próximas de um acordo", afirmou outra pessoa envolvida no negócio. Segundo ela, a Vale está próxima de desistir da aquisição.
O grande problema nas negociações, diz o "Financial Times", é que as ações da Vale não têm acompanhado a valorização dos papéis da Xstrata. Desde que a empresa brasileira confirmou o interesse pela concorrente, em 21 de janeiro, até a última sexta, suas ações preferenciais retrocederam quase 4% -ontem, subiram 4,58% na Bovespa. Já os papéis da Xstrata, impulsionados pela possibilidade do negócio, valorizaram-se em aproximadamente 15% nesse mesmo período -a queda ontem foi de 1,33%.
De acordo com o "Financial Times", a Vale conseguiu US$ 50 bilhões em financiamento com bancos e o restante da operação seria pago com ações preferenciais da empresa brasileira. A Glencore e outros grandes acionistas da Xstrata teriam inicialmente aceitado a proposta, mas recuado com a diferença na valorização das ações das duas empresas.
Nos últimos dias, surgiram informações de que a russa Rusal, a maior produtora de alumínio do mundo, teria também interesse na Xstrata.
Além dela, o Banco de Desenvolvimento da China e a estatal Chinalco (também do país asiático), que recentemente adquiriu participação na mineradora anglo-australiana Rio Tinto, teriam interesse na companhia suíça.


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