segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Oposição pressiona para quebrar sigilo de gastos da Presidência

Em O ESTADO DE S.PAULO:

Governo e oposição deflagram esta semana a guerra pela abertura ou não do sigilo dos cartões corporativos, especialmente os da Presidência da República. Os governistas não aceitam que os gastos que incluem despesas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da primeira-dama Marisa Letícia e de vários assessores próximos ao presidente sejam devassados.
Uma das poucas exceções é o líder do PSB, senador Renato Casagrande (ES), para quem o sigilo só é compatível “para algo muito bem explicado” e não, por exemplo, na compra de mantimentos para o Palácio da Alvorada. Ele vai mais longe, ao defender que o uso de cartão corporativo na aquisição de bens e serviços desvinculados do interesse público deve ser considerado crime. “Itens de despesas normais do governo não precisam de sigilo, não é nada de segurança nacional”, alega. “Já com futilidade, não é apenas uma irregularidade, mas um crime.”
A crise dos cartões corporativos já derrubou a ministra Matilde Ribeiro da pasta da Igualdade Racial.
O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), espera reunir hoje ou amanhã líderes de todos os partidos na tentativa de chegarem a um consenso sobre a abrangência da CPI dos Cartões. A proposta de CPI do líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), estende as investigações ao primeiro mandato do governo de Fernando Henrique Cardoso, período anterior à criação dos cartões corporativos, em 2001.
Já a oposição se divide entre duas alternativas: apoiar uma CPI no Senado para investigar denúncias feitas com dados divulgados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) ou a CPI mista, cujas assinaturas estão sendo coletadas pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).


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