terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Oposição fica na CPI mesmo sem cargo no comando

Na FOLHA DE S.PAULO:

Acuada pela estratégia governista, a oposição mudou o discurso e agora diz que não vai mais abandonar a CPI mista de senadores e deputados dos cartões corporativos mesmo se não tiver postos de comando.
DEM e PSDB argumentam agora que partirão para uma CPI exclusiva de senadores apenas se a mista não fizer uma investigação "aprofundada".
Ontem, o líder do DEM, senador José Agripino (RN), fez uma consulta formal sobre o assunto à Mesa Diretora. O partido quer saber se é possível a realização ao mesmo tempo de duas comissões com o mesmo foco. A resposta deverá ser dada entre hoje e amanhã.
"A gente vai fazer a CPI no Senado se percebemos que não dá para investigar nada na comissão mista", disse Agripino. "Para mim não há problema em ter uma CPI só no Senado, mas acredito que a comissão mista dará mais resultado", completou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), autor do requerimento de criação da CPI.
A distribuição dos cargos numa CPI do Senado seria mais igualitária, já que a diferença entre as bancadas governista e oposicionista lá é menor.
Apesar do recuo, a oposição diz que apresentará nomes de presidente e relator para concorrer com os parlamentares já indicados pelos governistas. Para a presidência da comissão, o PMDB indicou o senador Neuto de Conto (SC) e, para relator, o PT indicou o antigo líder do partido Luiz Sérgio (RJ). "É regimental: quem controla a CPI sempre foram os partidos com as maiores bancadas. Agora não tem por que ser diferente", diz o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).


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