sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Morte e protesto fecham avenida


No AMAZÔNIA:

A morte do comerciante Jorge Silva Santos, 64 anos, vítima de atropelamento ontem pela manhã na avenida Independência, provocou protestos de dezenas de moradores do bairro do 40 Horas. Eles fecharam as duas pistas da avenida para denunciar a insegurança no local. Por mais de duas horas cerca de 100 pessoas interromperam o trânsito e pediram a instalação de lombadas ou araras para obrigar os motoristas diminuírem a velocidade. Outras vítimas já morreram atropeladas naquele trecho da avenida, entre a rodovia Mário Covas e a Estrada do 40 Horas.
A vítima, moradora no bairro, voltava às 8h30 do mercado Ver-o-Peso com um balde de peixes que seriam revendidos nas transversais da avenida Independência. Ao tentar atravessar a pista, o ancião foi batido por um caminhão da empresa Resende, que transportava material de construção. O corpo foi arremessado a cerca de 30 metros e lá permaneceu durante o protesto, nas três horas seguintes. O peixe que ele carregava foi roubado por populares. Restaram apenas cabeças e carcaças de piramutaba.
O motorista do veículo não socorreu a vítima. Ele mandou que as duas pessoas que estavam com ele no veículo, carregadores da empresa, descessem para ajudar o atropelado. Em seguida, fugiu do local e até o início da tarde de ontem não havia comparecido à Seccional da Cidade Nova, onde o caso foi registrado. Os dois trabalhadores tentaram ajudar Jorge Santos, mas o sexagenário morreu logo em seguida, após se esforçar para sair do local.
Com a morte confirmada por uma equipe de paramédicos do Samu 192, os trabalhadores foram levados para a prestaram depoimento na seccional. Um deles, identificado como Marcelo, contou que o motorista desviou de uma motocicleta antes de atingir o pedestre. 'Ele (a vítima) parecia não ter prestado atenção para ver se passava algum veículo. Ele chegou a titubear se atravessava ou não a pista e, nessa dúvida, acabou sendo batido', disse, tentando justificar o acidente. Poucos minutos depois do atropelamento, dezenas de moradores começaram a se aglomerar na pista, no sentido da avenida Arterial 18. Eles armaram uma barricada com uma armação de cama, um fogão velho e alguns pedaços de madeira e impediram o tráfego de veículos na pista. Depois de quase duas horas de espera por peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves para fazer o levantamento do local e remover o corpo, os manifestantes resolveram bloquear também o outro lado da pista, do sentido contrário.

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