Em Santarém, na última sexta-feira, a Celpa castigou a cidade ao deixá-la por cinco vezes sem energia elétrica. Com os piques, foram danificados equipamentos e eletrodomésticos. A empresa depois justificou, informando que tudo decorreu de um problema em um transformador de 500 kilovolts da Eletronorte, em Tucuruí. Mas os estragos já estavam feitos.
Pois não é só em Santarém que a Celpa faz da suas. Em Belém e Salinas também. Que o diga o leitor do blog Jorge Bastos, que sempre defendeu o que classifica de “evolução da Celpa na sua versão privada”. Mas ele já começa a rever os seus conceitos, conforme relato que encaminhou à ouvidoria da empresa.
No sábado último, 2 de fevereiro, ao chegar à sua casa em Salinas, Bastos encontrou-a sem energia. Como não há atendimento no escritório da empresa aos sábados e domingos, ele telefonou às 9h20 o número 0800-910-196. “Passei pelas gravações e cheguei ao atendente, que, depois de pesquisar, encontrou os meus dados e registrou um chamado, prometendo o atendimento para antes das 12 h”, narra o consumidor.
Pois ele esperou, esperou e ninguém da Celpa deu as caras em sua residência para restabelecer o fornecimento de energia. À tarde do mesmo dia, Bastos ligou novamente, por duas ocasiões. Falou com mais dois atendentes, que informaram estar a chamada nas mãos do “pessoal de plantão”. A essa altura, o ele já havia recorrido a parentes que também têm casa em Salinas para que guardassem em suas geladeiras os gêneros alimentícios que levara de Belém.
“A noite chegou e continuei aguardando, à luz de velas e com os carapanãs implacavelmente atacando todos os que estavam comigo. Mas ninguém [da Celpa] veio atender-nos”, continua o leitor.
Praticamente se ter dormido, no dia seguinte Bastos telefonou novamente para o 0800. Só ouvia gravações. "Sua ligação é muito importante para nós. Aguarde. Logo, um de nossos..." era o que dizia a gravação, um blábláblá bem conhecido de todos nós, que já o sabemos de cor.
“Impotente, exausto, só me restou procurar alternativa para a resolução do problema. Felizmente, lá pelas 10h de domingo, encontrei uma pessoa que possui uma certa estrutura - escada, luva etc. - e presta os serviços quando a Celpa não faz o seu papel. Caso soubesse que a Celpa não era mais a mesma, eu teria resolvido o problema particularmente, pagando o serviço, como fiz, e não teria sofrido tanto, mesmo sabendo que tenho todo o direito como usuário dessa empresa”, diz o consumidor no relato que encaminhou à ouvidoria.
A Celpa, é verdade, não é mais a mesma. Às vezes, dá a impressão de que está pior do que antes. Ou igual.
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