quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Um banquinho, um violão, uma unha roída

Leila Pinheiro deu à jornalista Esperança Bessa entrevista que é um dos destaques da bem editada revista Living, de uma construtora. Vejo que ela disse, em resposta a uma pergunta sobre quando fará um show solo ao violão ou à guitarra:

"Fico completamente exposta quando subo ao palco sozinha. Não tenho pra quem passar a bola. Se erro os acordes ao piano, tenho que me virar sozinha. Se esqueço a letra, tenho que reencontrá-la sozinha, e se o público está desatento naquele dia, tenho que, sozinha com minha voz e piano, trazê-lo para junto mim. Enfim, é sempre um momento de muita tensão e ao mesmo tempo de muito prazer, mas extremamente arriscado e solitário. Gosto imensamente de me apresentar sozinha ao piano, também porque experimento um repertório novo a cada show. Ensaio sozinha e escolho para cantar, por exemplo, o que me emociona naquele dia especialmente. Aprendi a tocar violão na adolescência, com o professor Bastos, mas como roía unha, o som era abafado, sem brilho, porque tocava, e toco até hoje, com a cabeça dos dedos e não com as unhas. Isso me distanciou um pouco do instrumento, e o piano foi ganhando espaço. Há alguns anos, ganhei uma guitarra eletro-acústica Epiphone, maravilhosa, e me animei a voltar a tocar. Mas só se me dedicar muitíssimo poderei encarar um show inteiro sozinha com ela. Sou muito exigente e vou querer tocar guitarra com a segurança e o prazer com que toco piano. Acho que vai levar tempo!"

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