O delegado-geral de Polícia Civil interino, Justiniano Alves Júnior, mandou apurar denúncias de intimidação e ameaça do vereador Mário Adolfo Furtado Rebelo Júnior, do município de Breves, à jornalista Maria José Monteiro Mesquita (Dedé Mesquita), do jornal Amazônia.
No registro de ocorrência que formalizou na polícia, a jornalista disse que o vereador, acompanhado de mais duas pessoas, uma delas aparentemente armada, foi à redação do Amazônia - que divide o mesmo espaço com O LIBERAL - no último sábado, 5, para intimidá-la, ao pedir direito de resposta sobre uma notícia publicada sobre ele.
A notícia referia-se à prisão no dia 28 de dezembro, em Belém, do vereador e do investigador de Polícia Civil Roberto Gonçalves, ambos acusados do crime de extorsão. A prisão foi efetuada por policiais da Divisão de Crimes Funcionais (Decrif), da Corregedoria-Geral de Polícia Civil.
O policial civil permanece preso no Centro de Recuperação “Coronel Anastácio das Neves”, em Americano. O vereador estava recolhido a uma cela no Comando Geral do Corpo de Bombeiros, mas foi posto em liberdade na tarde no sábado, 29 de dezembro, por determinação judicial.
Dedé Mesquita contou que três homens chegaram ao jornal e disseram à recepcionista que queriam “publicar um anúncio”. Foram encaminhados ao setor comercial, mas, no caminho, mudaram de rumo, alegado que queriam, na verdade, divulgar um direito de resposta e subiram à redação, onde foram recebidos pela jornalista.
Mário Adolfo entregou a Dedé um texto digitado em duas folhas de papel, contendo palavras ofensivas a um analista de sistemas, que teria provocado a prisão dele na semana anterior. A jornalista avaliou que o teor do texto não era condizente com o direito de resposta garantido por lei e disse que a nota, da forma que estava, não poderia ser publicada.
MÃO NA CINTURA - Um dos homens, que se identificou como Nonato e assessor do vereador, passou a caminhar em volta da jornalista, em atitude que ela considerou intimidatória, deixando apreensivos todos os que estavam na redação. “Ele passava, o tempo todo a mão na cintura, aparentando estar armado”, disse a jornalista à polícia.
O vereador indagou como poderia fazer para publicar o texto na íntegra. A jornalista informou que seria publicada uma nota sobre o assunto e orientou o advogado do parlamentar a procurar a chefia de Redação.
Nesse momento, ainda segundo Dedé Mesquita, o vereador disse que mandaria um advogado telefonar ao jornal e saiu da redação. A cena foi registrada pelo circuito interno de TV do jornal. As imagens serão encaminhadas à Polícia Civil, para perícia e identificação dos envolvidos.
Com informações da Agência Pará.
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