quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Estelionatário enganou líder empresarial

O noticiário policial dos jornais se referiu genericamente a um empresário como vítima do golpe de estelionatário que, na semana passada, foi preso em Belém.
Pois a vítima do espertalhão é realmente empresário. Mas não apenas isso: é o presidente de uma das mais influentes e poderosas entidades de classe do Estado.
O pior é que, agora, o líder empresarial não consegue se livrar da gozação dos amigos, que zombam dele porque, mesmo experiente na vida e nos negócios, não foi vivo o suficiente para evitar cair na armadilha do estelionatário.
O golpista é Augusto José Paes da Silva, amazonense, 51 anos, foragido da Justiça e portador de deficiência visual. Por golpes semelhantes, segundo a Polícia Civil do Pará, ele já passou por xilindrós em Santarém, Unaí (MG), Brasília (DF) e no Estado do Amazonas. Ultimamente, estava preso em Castanhal, região do nordeste do Estado, de onde estava foragido.
Para enganar suas vítimas, Augusto José passava a mão no telefone, ligava para algum abonado de Belém e fazia-se passar por desembargador do Tribunal de Justiça, que suplicava pela ajuda a um deficiente visual que precisava de ajuda financeira, geralmente R$ 1 mil, para fazer transplante de córnea.
O abonado, é claro, imediatamente concordava em meter a mão no bolso para dar a ajuda solicitada, menos por voluntária benemerência e mais para atender à prestimosa solicitação do solidário "desembargador".
- Mas, Excelência, quem é que vem aqui apanhar o dinheiro? – indagava o empresário prestes a cair na armadilha.
- Quem vai aí é um assessor meu – dizia o “desembargador”, no caso o próprio golpista, que posteriormente comparecia pessoalmente ao local indicado para receber a grana.
Um dos magistrados que tiveram seu nome indevidamente mencionado pelo estelionatário foi Rômulo Nunes, vice-presidente do TJE.
Augusto José Paes da Silva foi preso em flagrante, conduzido à Delegacia do Marco e ficou de ser transferido para Castanhal.

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