quinta-feira, 7 de março de 2019

Quem são os desparafusados que inspiraram Bolsonaro a fazer o que fez?


Os leitores do blog merecem um pedido de desculpas público deste repórter.
É que eu situava no ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, o único com vários parafusos frouxos no governo do Capitão.
Mas enganei-me (sou um ingênuo, como veem). Porque há outros com vários parafusos frouxos neste governo que, entra dia, sai dia, nos surpreende (e quase sempre nos diverte) cada vez mais.
Por exemplo: quem é ou quem são os desparafusados que inspiraram o Capitão postar um tuíte escatológico, asqueroso e repulsivo, movido pela maldifarçada intenção de disseminar a ideia de que a festa mais popular e democrática do país seria, em verdade, a mais depravada, a mais devassa, despudorada e desregrada do planeta?
Quem são esses desparafusados?
Vejam só.
Nesta terça-feira à noite, até por volta das 20h, quando expeliu a postagem no Twitter, o Capitão estava posto em sossego no Alvorada.
A noite avançava.
As críticas, os deboches, as irreverências, os corinhos com xingamentos e palavrões mencionando expressamente o Capitão, tudo isso, enfim, já havia praticamente parado.
Não se falava mais em Bolsonaro, que àquela altura poderia muito bem dar um boa noite geral e recolher-se para voltar ao batente no dia seguinte. Porque a PEC da Previdência está aí mesmo, né?, tendo no seu garoto-propaganda o mais vigoroso adversário.
Mas não.
Bolsonaro resolveu divulgar cenas com um grau de obscenidade tão violento, tão porco e repugnante que o próprio Twitter, em obediência a seus regramentos internos, resolveu restringir o acesso aos interessados em assisti-lo.
E o que aconteceu, depois disso?
Bolsonaro voltou a ser manchete não apenas no País inteiro. Mas no mundo inteiro. Repita-se: no mundo inteiro. E manchetes esmagadoramente negativas para a imagem da Presidência da República, como instituição, do presidente da República, como o legitimado para exercê-la, e para a imagem do Brasil, pintado como uma República onde o exercente do mais alto cargo não dispõe de discernimento suficiente para identificar sequer a impropriedade de divulgar obscenidades da espécie das que foram divulgadas.
Além das manchetes, o Twitter exibiu durante quase todo o dia esse assuntos entre os cinco primeiros nos TTs (trending topics), que indicam os temas mais discutidos por milhões de pessoas que frequentam a rede social.
Tem mais.
O Palácio do Planalto identificou uma debandada geral de parte dos apoiadores do Capitão na internet.
Juros e dólar fecharam em alta.
Teve reações até de aliados de Bolsonaro. Como Kim Kataguiri, deputado federal do DEM-SP, que escreveu no Twitter: "Há muitas boas razões para criticar o carnaval, não faltam problemas que poderiam ser evidenciados e evitados. Isso não justifica mostrar uma obscenidade para milhões de famílias por meio de uma rede social sob o pretexto de criticar a festa. Isso não é postura de conservador."
E então?
Quem é ou quem são os desparafusados que inspiraram o Capitão a postar o tuíte escatológico, asqueroso e repulsivo?

5 comentários:

Anônimo disse...

Ele, o coiso, não precisa de inspiradores pq ele é tosco por natureza. Pobre de nós, ridicularizados em âmbito global!

Anônimo disse...

Concordo que tem muitas Autoridades com parafusos soltos, não concordo em divugaçao de imagens que a média da sociedade condena, mais quero ressaltar que muitos dos que criticaram o Presidente ficaram silente quando o governo passado dos Petralhas incentivava, com verba pública, exposição e peças de teatro pornográficas.
Inclusive saiu nos jornais o Lula e sua “turma” assistindo uma dessas peças e todos se diverttiam e não houve comentário críticando a cena indecorosa.

AHT disse...

“Nunca se mente tanto como antes das eleições, durante uma guerra e depois de uma caçada”.
Otto Von Bismarck

“A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência é dada pelos homens que o cercam”.
Nicolau Maquiavel

“É imoral pretender que uma coisa desejada se realize magicamente, simplesmente porque a desejamos. Só é moral o desejo acompanhado da severa vontade de prover os meios da sua execução”.
José Ortega Y Gasset

"O povo brasileiro, pela primeira vez na América Latina, deu a demonstração de que é possível o mesmo povo que elege o político, destituir esse político. Peço a Deus que o povo brasileiro não esqueça essa lição".
Luiz Inácio Lula da Silva (sobre o impeachment de Collor)

“Hoje é sempre o dia certo, de fazer as coisas certas, da maneira certa. Depois será tarde”.
Martin Luther King

“O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente”.
Mahatma Gandhi

AHT disse...

Um canalha contumaz surpreende quando age em favor da sociedade. Um pretenso estadista também surpreende, mas quando descobrem que seus discursos são contumazes demagogias.

AHT
08/03/2019

Anônimo disse...

Muito chato isso.