terça-feira, 24 de agosto de 2010

A selvageria nos estádios, apesar da sentença e de leis

Vocês viram?
No último domingo, torcedores do Remo, que iam para o Mangueirão torcer pelo Fortaleza, e torcedores do Paysandu se engalfinharam.
Brigaram.
Revelaram ânimos para se estraçalhar uns aos outros.
A polícia interveio.
Um dos brigões levou uma bala de borracha na cabeça e foi parar no hospital.
Sabe onde, toda essa selvageria?
Na entrada do Mangueirão.
Bem na entrada.
Os selvagens, diz-se, eram de torcidas organizadas.
Torcidas organizadas é modo de dizer.
Em verdade, são gangues uniformizadas que vão para os estádios com sede de violência.
Violência extrema.
Pois é.
As ditas torcidas organizadas tentaram se estraçalhar mesmo estando proscritas.
Proscritas por sentença prolatada em novembro de 2007, já lá se vão quase três anos.
Não é só.
As ditas torcidas organizadas tentaram se estraçalhar mesmo na vigência – plena vigência – de alterações no Estatuto do Torcedor.
As mudanças preveem, por exemplo, que torcedor que promover tumulto, praticar ou incitar a violência, ou invadir o campo poderá ser punido com pena de reclusão de um a dois anos, além de multa.
Prevê ainda que torcedores flagrados brigando num raio de até cinco quilômetros do estádio sofrerão as mesmas penas.
Hehehe.
Essa lei, vocês sabem, vai ser cumprida na Suíça.
Porque em Belém mesmo...
Em Belém, a selvageria é na porta dos estádios.
E as torcidas organizadas continuam aí, atuantes e mais selvagens do que nunca.
Apesar de sentença que as tornou proscritas e do Estatuto do Torcedor.

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