terça-feira, 25 de maio de 2010

Na hora do pênalti, elas por elas

Do leitor Madison Paz, sobre a postagem Tudo é possível. Até a Fifa agir com sensatez:

Discordo do poster.
Acho que a Fifa agiu pela metade. Não só o "paradão" como a "paradinha" são atitudes covardes e indignas contra os goleiros. Mais que isso, são recursos que, sem exageros, poderiam ser vistos como "exposição pública dos goleiros ao ridículo", o que, também sem exageros, poderia ser objeto de processo judicial por abalo moral aos goleiros ofendidos. Ah! não sou goleiro, nunca fui e tenho raiva dos que são e nada fazem contra os que, covardemente, lhes impões constrangimentos em público, montados nas tais paradonas ou paradinhas).
Não vejo que a "paradinha" seja a "forra" contra os goleiros que se adiantam para defender um pênalti. Ora, há regra estabelecida para coibir essa prática que, quase todos os goleiros adotam, quase que instintivamente, diante de um ataque, já brutal em face da distância entre o goleiro e a marca do pênalti. É a repetição da cobrança. Ponhamo-la em prática, severamente, ao invés de se criarem contrapontos pouco dignos como a "paradinha" no futebol.

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Do Espaço Aberto:

Madison tem razão.
Em parte.
Os árbitros, de fato, deveriam aplicar a regra e punir, com a repetição da cobrança, as mexidas dos goleiros.
Mas nenhum árbitro faz isso, Madison.
E sabem por que não fazem?
Não é por má fé, não.
É por dificuldade.
O movimento do goleiro se faz em segundos.
É muito difícil o árbitro detectar se o movimento do goleiro feriu ou não as regras.
Os árbitros só marcam essa infração quando o avanço do goleiro é escandaloso.
Agora, é muito mais fácil distinguir uma paradona – que, esta sim, desmoraliza o goleiro e o expõe ao ridículo, o que configura atitude antidesportiva – de uma paradinha.
E aí, as coisas mais ou menos se equilibram, Madison.
Na paradinha, o cobrador tem uma vantagem.
Vantagem que é compensada porque os goleiros, um sim, outro também, se mexem indevidamente na hora da cobrança, sem que os árbitros mandem repetir.
Ficam elas por elas, caro Madison.

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