sábado, 22 de março de 2008

Morre o empresário Cecílio do Rego Almeida

O empresário Cecílio do Rego Almeida, de 78 anos, proprietário, entre outras empresas, da Construtora C.R. Almeida - uma das maiores empreiteiras do País - morreu na manhã deste sábado, 23, de enfarte. Segundo informações, ele tinha se sentido mal e foi levado ao Hospital Santa Cruz, em Curitiba, durante a madrugada, mas não sobreviveu.
Nascido em Óbidos, no Pará, Almeida foi vendedor de laranjas e mensageiro do correio. Mas, em Curitiba, para onde se mudou na adolescência, construiu a carreira de empresário, impulsionado, principalmente, pela construtora.
Criada em 1957, ela cresceu durante o governo de Juscelino Kubitschek construindo estradas pelo interior do País. Almeida era também um dos sócios da Ecovia Caminhos do Mar, responsável pela administração da BR-277, entre Curitiba e o litoral do Paraná.
Empresário controverso, ele foi acusado de ter se apropriado de uma área de aproximadamente 6 milhões de hectares, no Pará. Em 1992, Almeida foi apontado pela revista norte-americana Forbes como um dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada, à época, em US$ 1,3 bilhão.
Em março de 2007, o juiz federal de Altamira, Herculano Martins Nacif, determinou a retirada imediata de todos os sócios, prepostos e funcionários da Indústria, Comércio, Exportação Navegação do Xingu Ltda. (Incenxil), uma das empresas do Grupo C.R. Almeida, do imóvel rural denominado Fazenda Curuá, que o Ministério Público Federal considera uma gigantesca área grilada que se situa na região da Terra do Meio, no Xingu. A estimativa do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) é de que a área grilada tenha cerca de 5 milhões de hectares, o que corresponde aos territórios da Holanda e Bélgica juntos.
Em julho do ano passado, Nacif concedera cautelar que proibiu o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a pagar qualquer indenização à Amazônia Projetos Ecológicos Ltda., outra empresa do Grupo C.R. de Almeida, pela desapropriação dos seringais Mossoró, Belo Horizonte, Caxinguba, Humaitá e Forte Veneza, que formam o empreendimento. Os cinco seringais ocupam área de aproximadamente 1,2 milhão de hectares na Terra do Meio.

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