segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

O dia "D" para a Prefeitura de Belém

O Espaço Aberto estava certo ao adiantar, primeiro no final da manhã de sábado, depois no início da noite do mesmo dia, que a Polícia Federal não terá mais qualquer participação no esquema preventivo para evitar que os camelôs voltem à Avenida Presidente Vargas, a menos que seja intimada a fazê-lo por instância competente da Justiça Federal.
Essa tarefa deverá ser assumida – como de fato já o foi – pela Secretaria de Economia do Município (Secon), com o auxílio da Guarda Municipal.
Esta segunda-feira, verdadeiramente, é o dia “D” para a Prefeitura de Belém. Na sexta-feira, a rigor, não foi nem preciso a Polícia intervir. Os ambulantes chegaram à Presidente Vargas, viram que a PF já ocupava a frente dos Correios e se limitaram a ficar na defensiva, em protestos que se voltaram contra lojistas da área.
O que deve mesmo ter ecoado durante o final de semana, nos ouvidos, nos corações e nas mentes das autoridades do município, foi o disse a proprietária de um cyber-café localizado às proximidades da Presidente Vargas: “Eles [os camelôs] disseram que não vão deixar nada abrir hoje, nem o shopping. Também disseram que na segunda-feira vai ser pior”, afirmou.
Ontem à noite, houve um aperitivo do que pode acontecer hoje: a Secon informou que um grupo de pessoas agrediu e ameaçou trabalhadores da prefeitura que recuperavam a calçada em frente aos Correios, no que a prefeitura diz ser o início da revitalização (agora, tudo é revitalização) da Avenida Presidente Vargas.A Secon acusou o deputado estadual Carlos Bordalo (PT) de incitar o grupo a hostilizar os operários. Bordalo, em nota, negou e disse que a prefeitura mentia ao divulgar tal informação.

Um comentário:

Anônimo disse...

As ações tomadas pelo Prefeito Duciomar lembram muito as estratégias definida em "O Príncipe" de Maquiavel.

Isso fica bem evidente quando manda quebrar todas as claçadas da Presidente Vargas para bloquear o acesso dos trabalhadores.

As ações iniciais de Duciomar caminhavam para um processo de diálogo, quando transferiu os trabalhadores da Assis de Vasconcelos criando o Restaurante Popula. Mas de fato mudou de estratégia e acaba por mostrar-se uma pessoa sem memória histórica, fazendo retornar um modelo de "rapa" matrix.
Contudo, existe de fato solução para mediar o conflito e ela passa pro dialogar intensamente com os trabalhadores na discussão do projeto da Palmeira, em formato de mini-lojas, além do terreno do Basa que já está de volta ao domínio da PMB.