Esta semana será decisiva para que os policiais militares decidam se paralisam ou não suas atividades no Pará na próxima quinta-feira, dia 19. Fontes militares consultadas pelo Espaço Aberto - e que são críticas do governo do Estado - estão meio céticas quanto à deflagração do movimento.
Avaliam que o desejo da greve é mais resultado da influência dos movimentos que estão pipocando país afora, como recentemente no Ceará.
Não vislumbram um movimento organizado e definido, até porque, segundo afirmam, a maioria das associações está sob a tutela do governador e, portanto, submissas ao governo do Estado.
Mas alertam: se a paralisação não ocorrer a partir de quinta-feira, vai eclodir mais tarde, uma vez que não haveria disposição para aceitar as reivindicações dos policiais.
Pelo sim, pelo não, o clima de mobilização perdura aí pela internet.
Já foi até criado um site. É o Greve na Polícia Militar do Pará.
As associações dos Bombeiros (ACSPMBMPA), dos Subtenentes e Sargentos (ASSUBSARPM) e dos Policiais Civis (Aspol), entre outras, estão fazendo circular aí pela internet, inclusive e sobretudo pelas redes sociais, o rol de reivindicações. Confiram abaixo:
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1.Decreto criando mesa permanente de negociação com pauta econômica e social;
2. Econômica:
- Reajuste salarial 100% (113% de perdas desde 2006);
- Escalonamento vertical em lei com base no soldo do Soldado;
- Cumprimento da lei de interiorização;
- Tempo integral e Dedicação Exclusiva (70% em cada = 140%);
- Reajuste do auxílio alimentação (R$ 600,00);
- Definição em lei e delimitação da carga horária (40 horas semanal);
- Aumento da gratificação do risco de vida (50% para 100%);
- Promoção (revisão da lei de ingresso, revisão da lei Jatene, revisão da LOB);
- Manter as vantagens da ativa na inatividade ( o abono é retirado);
- Nivelamento do abono (R$ 360,00);
- Auxilio fardamento em pecunha no contra-cheque (um salário semestral);
- Vale transporte;
3. Social:
- kit segurança (colete balístico e arma para cada policial);
- Alojamento digno masculino e feminino nos batalhões da capital e interior;
- Condições da VTR de trabalho;
- Fardamento completo de acordo com a lei (6 meses);
- Moradia;
- Educação;
- Creche (auxílio creche);
- Salário família;
- Melhores condições de trabalho;
- Não retaliação aos representantes da categoria.
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