Do jornalista Carlos Mendes, sobre a postagem Terruá, o terror. Um terror, um arraso, um show.:
A cultura paraense tratada como questão de Estado, e não de governo (esse passa, mas a cultura fica, se recicla e universaliza sem perder o regionalismo), deveria marcar presença também no Rio de Janeiro e em outras capitais. De bobeira em casa, assisti a todo o show (e que show) dos nossos artistas. Foi ótimo ouvir o "pai d'égua", gritado pelo pessoal no intervalo das apresentações. A qualidade dos artistas foi impecável.
Quem foi melhor? Todos os que se apresentaram. A diversidade musical paraense é inesgotável, mas o carimbó pontificou, como não poderia deixar de ser. Fico com uma frase da Gabi: "Brasil, olha mais o Pará". É isso.
Todos estão de parabéns: os artistas, os organizadores, a Rede Cultura, o Ney e a Adelaide, os que carregaram o piano por trás das câmeras, o pessoal da técnica. Enfim, notáveis. Vocês salvaram meu final de semana. Cobrei do Caderno Cultural do Estadão uma matéria sobre o Terruá Pará. Não sei se me atenderam. Se não o fizeram, perderam uma boa pauta.
8 comentários:
Eu não gostei, porque levaram artistas que não representam a verdadeira cultura paraense com exceção da gabi e do grupo de carimbó,os tucanos têm essa mania de elite não valorizam que o povão do Pará gosta, olha que eu tou criticando os tucanos mas sempre voto neles, não sou petista, o secretario de cultura fazia aquele festival de opera com dinheiro público, inclusive pagavam bolsas pra pessoas estudar na europa musica classica, esses tucanos viajam na maionese, eles têm que deixar de ser preconceituosos e valorizar a verdadeira cultura paraense, como os bahianos , os cariocas valorizam a deles porque meu caro jornalista não há diferença alguma do "ela ta beba doida" do Pará, para o tou "ficando atoladinha" do Rio de janeiro aliás a unica diferença que no Rio de janeiro o povo de todas as classes sociais valorizam esse ritmo diferente do nosso estado que têm muita gente pronviciana que valorizam que vem de fora.
pfsss...ô das 10:46.
Sabe lá o que achas ser cultura paraense.
A meu ver, o mais ironico de tudo isso é que a Cultura FM torce o nariz para o brega e só o que fica desse 'troço de terruá' é o dito cujo, o próprio. Da primeira vez, foi a Gabi, aliás, só ela. Desta, já tem gente apostando na dupla jovem do brega. Ou seja, o exótico emplaca. No mais, essa farra rola com dinheiro público - quanto? - e ninguém vê os bons resultados. É só um programinha bom de ser ver e só. Nem cds os artistas que foram puderam colocar a venda depois do show, pq simplesmente não têm. Não tê!
Eu quero saber quanto custa essa farra em terra alheia? Divulgar lá fora é legal, mas e aqui? O paraense desconhee nossos múltiplos gêneros e a qualidade genial de nossos músicos: jazz, samba, chorinho, mpb, rock, reggae, etc... Lamentável essa concepção inviezada.
O Terruá é inovador e descobre talentos: Sebastião Tapajós, Paulo André Barata, Dona Onete... Gente com todo respeito aos nossos bons músicos, porque, de fato, eles são. Mas, quem acredita nessa estratégia a médio e longo prazos? Me parece só uma vitrine estilhaçada...que logo embaça antes mesmo de ser aberta, na real, antes de criar uma oportunidade concreta de mercado para os artistas paraenses. A idéia é até legal, mas logo passa, dura as duas horas de show e só, o grave é dizer que está se levando a música paraense para os quatro cantos do país, isso é megalomania, bem própria do idealizador.
Com toda a suspeição que me cabe, por trabalhar com o secretário de Comunicação, e toda a isenção que me é reconhecida em 26 anos de profissão e bons duelos no currículo, creio que os comentários do Sr..., como direi... Sr. Anônimo (?) exalam ressentimento, com uma pitadinha do buquê da amargura. Mas posso estar enganado, é claro. Seria mais fácil decidir se o Sr. Anônimo se identificasse. É difícil olhar nos olhos da sombra, prefiro as pupilas do senhor reitor.
Independentemente disso, todo mundo tem direito a opinião, lógico - até o Sr. Anônimo, que dispensa os privilégios da democracia para se fazer de hiato em vez sílaba tônica. Sabe Deus por quê...
O Terruá Pará foi um sucesso inegável, seu orçamento está disponível para qualquer cidadão no Portal Transparência do Governo do Estado e até mesmo os recursos planejados para a sua continuidade (viu, Sr. Anônimo, o evento não se esgotou em dois dias, tolinho) estão previstos na Agenda Mínima de Governo. Como foi dito pelo cabra da peste dos bons Carlos Mendes, o grande barato é que a cultura se torna efetivamente uma questão de Estado, independentemente de quem exerça o poder. Para sorte dos artistas paraenses, o Ney Messias está no comando desse projeto. Ele é safo, como tem provado. E olha que elogio não é minha praia, nem em causa própria; eu não sou tucano, pois admiro o Jatene mas não votei nele (quem sabe quando eu tiver de novo um título, eu vote); e tenho certeza, porque estou na condição de plateia e não almejo virar atração, que o critério de escolha para os artistas que compuseram esse caleidoscópio cultural foi corretíssimo - ainda que eu não goste de brega e tenha aversão ao chique. Talvez tenha faltado o Sr. Anônimo, mas como vou saber se ele não se apresenta? Sempre falta alguém nessas circunstâncias. Para minhas preferências eu tenho o som do carro e o de casa: não são o suprassumo da modernidade, mas me alcançam as grandes orelhas, o que é de bom tamanho. O domínio público é da maioria.
O debate é bom, Sr. Anônimo! Identifique-se, que você poderá até convencer, não sei se a mim, exatamente, mas a muita gente. E quem sabe as suas opiniões, abalizadas pelo cidadão que é, com nome e sobrenome, nos permitam melhorar o Terruá Pará - que tem longa vida pela frente.
a) Paulo Silber, diretor de Jornalismo da Secom
Reafirmo que você ou é um crédulo ou um cínico e afirmo que não o considero um bom jornalista. Não sou jornalista. Admiro e respeito quem é. Não é o seu caso. Vamos aos fatos – coisa que você que se diz jornalista não o fez.
Declara o sucesso inegável do projeto. Prove. Em que dados você se baseia, além dos comentários apaixonados dos conhecidos que já conhecem a nossa música? Nenhuma novidade. Isso não vale para uma idéia que se anuncia nacional. Eu mesmo repito nossos músicos são geniais. Mas, me refiro a repercussão na imprensa especializada do país, não em periódicos pagos com verba publicitária pública – aposto que isso não está incluído no valor total do projeto - quero saber do interesse de empresários, artistas, casas noturnas, convites, cachês, propostas, negócios, renda, etc. Perspectivas de mercado para nossos músicos? Na real, cadê? Aliás, eles já deveriam viajar com um cd em mãos, mas quem tem? Nenhum? Onde foi investido o dinheiro? Os 3 milhões de reais declarados. Ah, Sr. Paulo Silber, o senhor diz que o valor do projeto, inclusos os das futuras edições, está à disposição no portal da transparência do governo. Mentira. A agenda mínima só informa 3 milhões desta edição e só, não tem nada das próximas.
Três milhões de reais é pouco para um projeto que o senhor concebe como política pública de governo e que se diz de projeção nacional. Mas, me pergunto, o que se faria com esse investimento aqui? Com certeza, quem lida com arte e cultura, nesses prados, sabe que dá para muita coisa, além de duas horas de um programinha ilusório. Vejo que o ilusionista o convenceu. Como jornalista, o senhor deveria se informar e esclarecer, cumprir sua função de servidor público estadual e prestador de serviço. Poderia, por exemplo, informar as etapas dessa tal ação estratégica que o senhor defende, esclarecendo os critérios de seleção dos músicos, o passo a passo para quem quer participar. Que resultados se busca? Cadê a transparência pública? O princípio da publicidade legal e obrigatória? Não há informação prévia alguma, quando se sabe a caravana do ilusionista já está partindo, aí, querem que a gente engula a idéia, o conceito de que é bacana, maneiro, porque é a música paraense com visibilidade ímpar lá fora? Não é assim que se faz. Um grupelho decide, sozinho, gasta aos tubos, e quer legitimidade da massa que não participa de nada. Deveria haver sessões de audição com os candidatos todos, de todos os gêneros, se inscrevendo para disputar uma vaga, em condições iguais no estúdio da Cultura - que aliás é muito bom - com o povo acompanhando no rádio, na TV e no portal Cultura. Sugira uma espécie de programa ‘Fama Parauara”. Haveria torcidas, com certeza, para aplaudir, votar, se emocionar. Democratizem a ação, façam-na de verdade, aí sim, nos sentiríamos partícipes e consideraríamos esse troço, que já é ruim até de falar, esse tal de terruá - por que não simplificar para música da terra? Ah e para findar, torça para que a caravana dos jornalistas saia e nos dê a chance de nos livramos de profissionais como o senhor. Vá em paz!
Meu caro jornalista o posicionamento de alguém que detém um cargo de direção em um orgão do governo não poder ser de isenção, mas revestido de toda suspeição possivel, mas isso não lhe dá direito de refutar a critica mesmo de alguém que prefere se manter no anonimato, pois reflete um comportamento antiético e autoritário, mas este desvario jornalistico não invalida a importancia do evento que se propõe revelar protagonismos,que estão presentes no cenário artistico paraense em toda a sua dimensão simbólica e cultural
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