Os números do Orçamento de 2011, mostrados ontem na Assembleia Legislativa pelo governador eleito, Simão Jatene (PSDB), disseminam entre muitos tucanos - e também entre muitos que não são tucanos - a sensação de que a próxima gestão começará contando caraminguás, contando trocados.Mas há muita gente intrigada com o seguinte - ou seguintes.
E se a governadora Ana Júlia tivesse saído vitoriosa na parada?
E se fosse reeleita?
Como é que a governadora Ana Júlia mandou para a Assembleia um Orçamento com investimento zero em algumas áreas, se ela mesma poderia ser reeleita e administração certos setores zerados - zeradíssimos?
Como é que o Orçamento 2011, remetido pela governadora, pode ter reduzido, em relação a 2010, as dotações para várias secretarias, se a própria governadora poderia ela mesma, como reeleita, lidar com essa desfavorável situação orçamentária no próximo exercício?
E por último, mas não menos importante: como é que deputados oposicionistas ao atual governo não detectaram há mais tempo - em julho, agosto, setembro ou outubro - todos esses buracos no Orçamento do próximo ano?
Ah, sim. Suas Excelências estava em franca, em aberta campanha eleitoral.
Sim.
E aí?
Quem manda irem atrás de votos e abandonarem deveres e atribuições que, ao contrário dos digníssimos, não entraram em recesso branco?
Por que só depois das eleições é que essas questões ganharam a relevância que estão alcançando agora?
Por quê?
4 comentários:
Excelente comentário, muito bom, vc foi direto ao problema. Esses deputados não estão preocupados com orçamento do Estado, muitos nem sabem pra serve isto, não estão nem ligando se tem dinheiro para obras na área da saúde, educação, segurança pública, não estão preocupados se tem dinheiro para aumento dos funcionários, aprovação dos planos de cargos e salários. Na verdade o acrgo político que esses exercem é na verdade uma moeda de troca, utilizam esse cargo em benefício próprio, pois se trabalhassem realmente já poderiam ter cobrado uma revisão desse orçamento que foi apresentado pelo governo atual, e digo não só desse mais dos outros anos também. Não fazem isso porque muitos deles até alguns meses atrás possuiam vários cargos comissionados no governo, entretanto, esse governo perdeu e já estão seguindo a cartilha do governo eleito. Em suma, esses caras só legislam em causa própria, um grande exemplo é a aprovação do 14ª salário, isso é uma vergonha é assalto a mão armada.Nós cidadãos comuns , pagadores dos impostos, somos reféns de uma gangue chamada de "políticos".
Grande Paulo,
O projeto do Orçamento do Estado tem de chegar à Alepa até o dia 30 de setembro. Desde que me entendo por gente, ele chega à Casa neste último dia do prazo constitucional e sempre no finalzinho do segundo tempo. Isso pra chegar ao parlamento. Depois passa mais uma semana ou mais para pousar na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (CFFO), onde é apreciado e votado, antes de seguir ao plenário.
E em ano de campanha já viu, né????
O jatene, que é o que se chama de "macaco velho daquilo pelado" tá fazendo gracinha, pois sabe muito bem que pode mexer no futuro orÇAmento como bem quiser, dentro dos limites constitucionais, para dá a prioridade áquilo que achar melhor.
Era bom que o atual governo e quem mais tiver paciencia procurassem saber como ele entregou o orçamento de 2007. Vejam lá se tinha previsão de recurso orçamentário para grandes investimentos em obras. Só um exemplo, a restauração da Catedral da Sé tinha zero de recurso previsto no orçamento da Secult, apesar de está no orçamento e já ter iniciado.
Isso parece mais conversa para ruminante dormir. Sr. Jatene, a partir do dia 1º de janeiro, a responsabilidade é sua, portanto para de encher o saco do eleitor, que espera trabalho, não chororó!
Esse Jatene quer fazer é graça com a cara da população. Mas esperemos um pouco mais, que sua cassação está para chegar. O Inquerito 465 já está na mesa de quem deverá estar. Jatene, tua batata já começou a assar. Te cuida. Arranja mais varas de pescar, que é só o que sabes fazer, e muito mal, pois pescastes foi teu olho em vez de tilápias
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