O deputado José Megale, líder tucano na Assembleia, insiste na tese: quem não deve não teme.
Quem não deve não teme o papelório agasalhado nas sete caixas guardadas – até agora a sete chaves – na Assembleia Legislativa.
Megale já externou essa posição aqui no blog, ao defender a tese de que os documentos remetidos pela Auditoria Geral do Estado têm o caráter público e, portanto, devem ser divulgados. Posição contrária tem o deputado Carlos Bordalo.
O tucano também tem dito a mesma coisa na Assembleia – na tribuna e fora dela.
E diz mais: quem está acendendo o facho da curiosidade sobre os documentos é o próprio governo, que, segundo se diz, já despachou até dois emissários à Assembleia, para pegar as caixas de volta.
Com os papéis que estão dentro dela, é claro.
E sobre a especulação de que os relatórios de algumas auditorias entregues à Assembleia revelariam operações nada, como se diz, republicanas do tucanato, o que tem Megale a dizer?
Diz objetivamente: que o governo Ana Júlia, se soube de alguma irregularidade e guardou-a, deixando de remetê-la ao Ministério Público para propor a ação que julgasse cabível, então terá sido conivente com as irregularidades supostamente detectadas.
É isso.
Abram-se as caixas.
Sejam elas pretas, amarelas, vermelhas...
Mas que sejam abertas.
Mas serão?
Ou se quiserem, no português mais castiço: sê-lo-ão? (toma-te! É assim mesmo?).
3 comentários:
Apesar de não haver relação com o assunto em questão, gostaria de passar a seguinte informação:
Está em andamento processo licitatório para a entrega das 503máquinas doadas pelo Estado aos Municípios(entregues pela Governadora na sexta-feira passada, dia 30/04/2010, no estacionamento do Mangueirão). Como o Governo solicitou que as mesmas fossem entregues no Mangueirão, as fornecedoras se recusaram a entregá-las (novamente) em seu destino final, os Municípios. Ou seja, em razão da promoção pessoal e campanha política antecipada da Governadora, o Estado (diga-se nós)pagará a mais pela entrega das máquinas, serviço o qual já estava incluso e foi desperdiçado.
Que as caixas sejam abertas!!!
E, se as supostas irregularidades apontadas, forem improcedentes, que a Sra. Tereza Cordovil e equipe respondam em Juízo no bojo de ações regressivas, pois é assim que a coisa funciona numa democracia constitucional.
O risco de serem incongruentes é mínimo, já que os auditories, todos concursados, que estiveram presentes em quase todas as secretarias e demais órgãos de governo não iriam cometer quase 100 e poucos erros. É esse o número de relatórios, sem contar, que há casos em que mais de um contrato (empresa) ou processo foram auditados.
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