A eleição do deputado Luís Cunha para o Tribunal de Contas do Estado foi apertada.
Aliás, foi apertadíssima.
Ninguém nega isso.
Em eleições renhidas, disputadas, parelhas, apertadas, um ou dois votos fazem a diferença.
Ninguém, igualmente, nega isso.
Se dois ou três fazem a diferença, imaginem sete ou oito, não é?
Pois é.
O G8 fez, de fato, a diferença para a eleição de Luís Cunha.
Ninguém, pela terceira vez, nega esse fato.
O que se diz é que o PSDB não teve o apoio do G8 para eleger André Dias porque não aceitou um acordo para eleger Júnior Hage (PR), que pulou do barco na hora agá, ou na noite antes da eleição, desistindo da disputa.
Qual o acordo que foi recusado?
Eleger Júnior Hage para o TCE.
Em troca, a mãe dele, Rosa Hage, renunciaria à presidência do Tribunal de Contas dos Municípios e André Dias, então, seria eleito conselheiro do TCM com o apoio maciço da Assembleia.
Foi por isso mesmo que o G8 ficou, digamos, desgastado e despejou votos em Luís Cunha?
Fez isso apenas para afrontar o PSDB?
O acordo era esse mesmo?
A OAB diz que era. E vituperou-o – toma-te! –, e condenou- como moralmente condenável.
Júnior Hage, em resposta, acusou a OAB de se deixar contaminar por motivações políticas, uma vez que a família do presidente da Ordem, Jarbas Vasconcelos, é adversária da família Hage na região do Baixo Amazonas.
Hehehe.
Olhem só.
Vejam só.
Uma eleição para uma Corte de Contas enseja especulações de toda ordem.
E não se pode dizer que o fato de um grupo, como o G8, bandear-se para um lado ou para o outro e decidir a eleição seja uma expressão do fortalecimento do G8.
Pode até ser.
Mas o G8 ficará envaidecido se considerarem que ele se tornou o fiel da balança, fazendo-a pender para um dos lados porque não foi selado um acordo que afrontaria princípios éticos?
Independentemente da resposta, leiam também o trecho deste comentário que um Anônimo mandou pra cá.
Tudo indica que o autor do comentário é um geoitista empedernido.
De qualquer forma, leiam.
E tirem as suas conclusões.
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Mais uma vez, o G-8 mostrou a força que tem na Assembleia Legislativa. Numa queda de braço com o PSDB, que não aceitou o acordo de eleger o deputado Júnior Hage (PR) para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), e depois garantir ao tucano André Dias uma vaga no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o grupo decidiu retirar a candidatura de Hage e mostrar o peso que tem nas decisões da Casa.
“Que segurança tínhamos com essa estratégia?” questionou um deputado do ninho. “O PSDB só pensa no próprio umbigo”, disparou um integrante do G-8. Então, a unidade do grupo e o voto em bloco foram, sim, decisivos para a eleição apertadíssima do deputado Luís Cunha (PDT).
Vale lembrar que todo o Palácio Cabanagem sabia que os deputados peemedebistas Domingos Juvenil e Martinho Carmona votariam em Cunha. Ou seja, eram votos não contabilizados, a tempos, pelos eleitores de André Dias. O próprio federal Jader Barbalho, que hoje mantém uma distância – digamos -, prudencial dos dois dissidentes do PMDB, sabia da “preferência política” deles pelo pedetista.
Como na Assembleia Legislativa para trair e coçar é só começar, a esperança era que dois ou três do grupo dos oito pulassem do barco naquele no último segundinho da votação. E como do lado de cá do ninho não havia um leque de motivações...
O G-8, instituído em maio de 2008, a pretexto de adotar uma postura independente no parlamento estadual - como se isso fosse possível numa Casa política onde há governistas e oposicionistas -, coleciona vitórias.
Clique aqui para ler o restante do comentário que está na caixinha.
3 comentários:
Ave G-8. Faz a diferença.
Paulo,
Você sabe quem mandou o comentário acima. E sabe também que não é um geotista empedernido. O comentário apenas reflete a força, nem um pouco desprezível, que tem o G-8 na Alepa. Você duvida disso? Aliás, tem todo o direito de duvidar. Mas continuo convicta (com "a" no final)de que o voto em bloco dos oito foi decisivo, sim, para a eleição do Cunha.
Ah, e 8 nem é o meu número de sorte. Eu ainda aposto no 45, você sabe.
Um abraço, grande Paulo.
Dizem tb que o que pesou negativamente para o Hage foi o fato da mãe dele, Rosa Hage, não ter pedido a aposentadoria logo. Vamos e convenhamos, os desconfiados sabem o motivo da desconfiança. Certo?
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