Luís Cunha (na foto), deputado estadual do PDT, foi escolhido há pouco, pela Assembleia Legislativa, o novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.
Ganhou do tucano André Dias.
O terceiro concorrente, Júnior Hage, desistiu de sua candidatura pouco antes da eleição.
Em 2008, Cunha levou tranco na eleição para o Tribunal de Contas dos Municípios, numa eleição marcada por trairagens, rachas e insatisfações.
Desta vez, emplacou.
7 comentários:
O perigo é que o Governo apoiou esse candidato!
A eleição de Luis Cunha é a primeira vitória do governo Ana Júlia na AL em três anos e meio de gestão.
O principal assessor da governadora, Cláudio Puty ficou feliz igual pinto no lixo. Tanto é que não resistiu e postou em seu blog:
"Luiz Cunha no TCE. Toma-te!
Por 22 a 19, Luiz Cunha vai pro TCE. Pa-ra-béns!
É uma vitória e tanto do governo Ana Júlia! E mais uma derrota dos coronéis de plantão."
Para além da falta de compostura, Puty também revelou a fragilidade do governo.
Ora, ora, considerar a eleição de um conselheiro do TCE uma vitória e tanto do governo!Desde quando?
Só em um governo sem força política dentro do Legislativo e que comemora as migalhas que lhe são atiradas pelos Deputados. Até as pedras da escadaria da Assembléia sabem que essas eleições sempre foram "parada dada" na Casa de Leis.
É a primeira vez na história recente do Pará que se vê um governo tão inábil ao ponto de ter se tornado refém do Legislativo.
A notícia publicada aqui no seu blog sobre a pesquisa realizada pelos tucanos, onde a reeleição de Ana Júlia sobe no telhado, deixou o governo petista alvoroçado.
Todos os dirigentes da administração direta, indireta, fundações e autarquias foram convocados para uma reunião amanhã com a governadora.
Ela vai exigir de cada executivo um relatório das realizações feitas até agora. E, pasmem! Um plano de ação para 120 dias.
Ana Júlia quer fazer em quatro meses o que não fez em 1.304 dias de governo.
Dizem até que os servidores estão sendo orientados a maquiar números, como, por exemplo, os benefícios concedidos para o funcionalismo.
A ordem é comparar tudo com os 4 anos do Jatene. Hoje teria começado nos órgãos uma maratona de 24 horas de reuniões e operações de maquiagem.
A vitória de Luis Cunha tem alguns ingredientes interessantes :
1. Era o candidato do governo e ganhou em razão deste apoio, mesmo em um momento em que PMDB e PSDB fazem da ALEPA uma trincheira, o que prova que a máquina pesa e pesa muito ;
2. O PMDB, quando não tem Jáder há frente racha, como rachou na votação;
3. O PTB entrou em crise de identidade, passou três anos apoiando o governo e agora pulou para o outro lado ... para perder.
4. O PR , o DEM e o PP, via G8, ficaram com o governo, assim como ficaram PDT, PT, PV, e até um dos dois deputados do PPS;
5. O PSDB e o PMDB fazem muito barulho, mas a verdade é que não conquitaram nenhuma nova posição,e foram obrigados da postura inical de não votar os pedidos de financiamento, a elaborar, sob pressão dos prefeitos, uma proposta em que a maior beneficiada será, direta ou indiretamente a governadora, pois é o Governo que fará os convênios das verbas a serem repassadas aos municípios, pois é ele quem é o tomador dos recursos.
Mais uma vez o G-8 mostrou a força que tem na Assembleia Legislativa. Numa queda de braço com o PSDB, que não aceitou o acordo de eleger o deputado Júnior Hage (PR) para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), e depois garantir ao tucano André Dias uma vaga no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o grupo decidiu retirar a candidatura de Hage e mostrar o peso que tem nas decisões da Casa.
“Que segurança tínhamos com essa estratégia?” questionou um deputado do ninho. “O PSDB só pensa no próprio umbigo”, disparou um integrante do G-8. Então, a unidade do grupo e o voto em bloco foram, sim, decisivos para a eleição apertadíssima do deputado Luís Cunha (PDT).
Vale lembrar que todo o Palácio Cabanagem sabia que os deputados peemedebistas Domingos Juvenil e Martinho Carmona votariam em Cunha. Ou seja, eram votos não contabilizados, a tempos, pelos eleitores de André Dias. O próprio federal Jader Barbalho, que hoje mantém uma distância – digamos -, prudencial dos dois dissidentes do PMDB, sabia da “preferência política” deles pelo pedetista.
Como na Assembleia Legislativa para trair e coçar é só começar, a esperança era que dois ou três do grupo dos oito pulassem do barco naquele no último segundinho da votação. E como do lado de cá do ninho não havia um leque de motivações........
O G-8, instituído em maio de 2008, a pretexto de adotar uma postura independente no parlamento estadual - como se isso fosse possível numa Casa política onde há governistas e oposicionistas -, coleciona vitórias.
Elegeu o ex-deputado Cezar Colares para o TCM. À época, o favorito era Luís Cunha que tinha o apoio do governo. Foi um Deus nos acuda tão grande no Palácio dos Despachos, que o então chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, fez de um tudo para implodir o grupo. Não conseguiu.
A força do “G” também foi testada nos vários vetos governamentais derrubados em plenário. Nas votações da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) os oito balançaram o coreto e marcaram posição.
Quem não lembra da reeleição do Juvenil? A governadora, seguindo os passos do até hoje poderoso Puty, também moveu céus e terra para retirar o peemedebista da presidência da Casa. Como não tinha candidato, a comandante-em-chefe jogou no pisão tudo que tinha pra arrumar um nome para encabeçar a chapa. O ex-deputado Luís Afonso Sefer, acusado de Pedofilia, chegou a ser convidado por Ana Júlia a disputar o cargo.
E advinhem quem chegou para botar ordem na Casa? O G-8, que foi tão hábil na articulação que conquistou três assentos à Mesa Diretora: a vice-presidência e a segunda e terceira secretarias. É pouco? É inexpressivo? Não é não.
Ao longo dos próximos dias vamos saber detalhes sobre quanto custou essa eleição. Agora, me digam, temos ou não temos uma Assembleia de oito caras?
Análise quase irretocável do anõnimo das 23:24. Demonstra ser do ramo.
Hahahahahaha. Agora que eu vi o comentário do anônimo da 00h21. Imagina, querido, não sou do ramo, não. Vendo flores na Casa e, por pura curiosidade, vez em quando acompanho o que acontece por lá.
Abs.
O quase anônimo das 23h24.
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