No AMAZÔNIA:
Na última atualização do cadastro de empregadores flagrados com trabalho escravo em suas propriedades, a chamada 'lista suja do trabalho escravo', o Pará surge com triste posição de destaque. São 45 empresários listados, de um total de 161. A relação foi divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a última atualização é do dia 2 de fevereiro.
A listagem inclui praticamente todos os Estados do País. O Pará é responsável por quase 30% de todas as empresas ou propriedades flagradas. Nessas empresas, foi libertado pelas equipes do MTE um total de 1.666 trabalhadores.
O assunto foi tratado durante uma sessão deliberativa ontem, às 14h. O requerimento para realização do evento é de autoria do senador José Nery (PSOL-PA). Participaram da sessão representantes de entidades comprometidas com a defesa dos direitos humanos.
A Frente Parlamentar pela Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil foi lançada na tarde de ontem. Mais de 250 assinaturas de parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado foram recolhidas em favor de ações do Congresso Nacional para eliminar o crime.
De 1995 a 2009, mais de 36.000 trabalhadores foram resgatados em situação semelhante à escravidão no Brasil, cerca de 10.000 apenas no Pará. Segundo o senador José Nery, um dos desafios deste ano é a mobilização em torno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 438/01) que prevê o confisco de terras onde o trabalho escravo seja comprovado, que precisa ser votada em segundo turno na Câmara dos Deputados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário