sábado, 13 de fevereiro de 2010

“Que não se repita a autofagia”

Clique aqui para ler a decisão histórica do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, ao manter na cadeia o governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, o primeiro no exercício do cargo a ser preso, em mais de 500 anos de Brasil.
Aliás, observe aqui o trecho final da decisão do ministro:

Eis os tempos novos vivenciados nesta sofrida República. As instituições funcionam atuando a Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário. Se, de um lado, o período revela abandono a princípios, perda de parâmetros, inversão de valores, o dito pelo não dito, o certo pelo errado e vice-versa, de outro, nota-se que certas práticas – repudiadas, a mais não poder, pelos contribuintes, pela sociedade – não são mais escamoteadas, elas vêm à balha para ensejar a correção de rumos, expungida a impunidade. Então, o momento é alvissareiro.
Indefiro a liminar. Outrora houve dias natalinos. Hoje avizinha-se a festa pagã do carnaval. Que não se repita a autofagia.


Autofagia?
Era mais quem tentava, ontem, buscar inspirações na hermenêutica para compreender esse trechinho.
Há quem aposte que o recado teve um destinatário: Sua Excelência o ministro Gilmar Mendes, presidente do STF.

Um comentário:

Anônimo disse...

Então so podemos repetir os parabéns que ha tempos a trás foi destinado a Ministro Joaquim Barbosa, guando indignado mostrou toda a sua altivez e respeito ao seu cargo...hoje posso repetir esse mesmo gesto de aplauso a ministro Marco Aurelio Melo..
E que não se repita a "AUFOGIA"
Parabéns..
Ozéias Araujo......