Da leitora Bia, sobre a postagem Um “veio otário” na parada de ônibus:
Que sorte tem o Sérgio! Esta desdita lhe foi pontual, única em anos!
Para quem é usuário do transporte público na Duciolândia (obrigada, Luiz Braga!) esse martítio é trivial, cotidiano.
Agora que sou uma provecta senhora de 60 anos, consigo, às vezes, o beneplácito - sim, porque direito é de outra forma - de ficar nas cadeiras da frente, sem o sufoco da roleta e do engarrafamento na parte traseira do dito coletivo.
Mas, assisto da minha janela privilegiada ao desrespeito diário contra os usuários, a corrida atrás do ônibus, quando o motorista decide parar a um quarteirão do ponto, os sinais desesperados, nem sempre de borboletas batendo asas, mas algumas vezes parecendo afogados se debatendo no asfalto.
O cansaço, o desrespeito, a aflição, no entanto, parecem ter sido incorporados pelos usuários, como se fossem brindes da viagem. Nem um pio, nenhum protesto.
Na Duciolândia já nos esquecemos o que é cidadania.
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