Força máxima no Paysandu

No AMAZÔNIA:

O auxiliar técnico Carlos Pupo, o carioca, e o preparador físico do Paysandu, Fernando Ribeiro, encontraram um panorama difícil de se ver em qualquer clube, seja no Brasil ou no exterior: o elenco todo à disposição e o departamento médico vazio. Os últimos a deixarem a enfermaria bicolor foram os meio-campistas Édson Pelé, Marquinhos, Rafael Muçamba e Bruno Lança, o lateral-esquerdo Fabinho e o centroavante Enílton.
Com 42 jogadores - 39 regularizados - o técnico Barbieri, que volta amanhã a Belém, começa os treinamentos físicos visando o confronto da próxima quinta-feira diante do Águia. Dentre as várias opções que tem agora em mãos, o treinador terá que resolver quem será o dono da lateral-esquerda. Fabinho jogou quase duas vezes e Brida três, já que no RexPa ele entrou logo aos cinco minutos. Mas, o primeiro tem um estilo de jogo apreciado pelo comandante bicolor. A briga promete ser boa, o que os dois jogadores concordam.
'Tenho que brigar pela volta ao time. Aqui ninguém tem vaga garantida, tem que mostrar trabalho e matar um leão por dia. Respeito o Brida e ele me respeita. Vamos fazer o melhor pelo Paysandu', disse Fabinho. 'Me senti bem melhor depois dessa última partida. Estou chegando ao meu ideal físico e a um bom entrosamento. Mas o Fabinho é o titular e tenho que respeitar a opção do treinador. A mim cabe continuar treinando forte e corresponder quando for acionado', completou Brida.
Fabinho havia voltado ao time justamente no clássico com o Remo. Ele havia pedido para ficar de fora da partida anterior para melhor preparar-se fisicamente. Mas logo no começo do RexPa ele chocou-se com o azulino Índio, cabeça de um na do outro. Os dois deixaram o jogo. Mas o bicolor teve um quadro mais grave. Ele ficou desorientado durante mais de uma hora. 'Felizmente foi só um susto, mas não desejo o que passei nem pro meu pior inimigo. Não fossem as imagens do jogo eu não saberia como foi, já que não lembro de nada.'
Com as formalidades feitas entre os dois, os laterais apostam num bom desempenho bicolor diante do Azulão. 'Estamos pensando no Águia. É um time que tem dado trabalho e vai endurecer. Mas estamos mais entrosados e vamos em busca dos três pontos', disse Fabinho.
O que os dois também concordam é que o carnaval vai ser de muito treino. Folia, só para quando o Papão já estiver como a torcida quer. 'Para estar bem tenho que estar muito bem fisicamente. Por isso nunca relaxo dos treinamentos', afirmou Fabinho. 'Para mim vai ser de treinamento. Embora seja uma data festiva, nós vamos trabalhar. Temos um jogo já na quinta-feira e vamos aproveitar as folgas para descansar', finalizou Brida.