quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Ultimato para a CTBel

No AMAZÔNIA:

São cerca de 800 caminhões que passam todos os dias pela barreira da Polícia Rodoviária Federal, em Ananindeua, com destino à capital paraense. Veículos pesados que provocam longos congestionamentos na cidade, danificam pistas e destroem o patrimônio histórico de Belém. Por causa disso, o Ministério Público do Estado já preparou uma ação civil pública contra a Companhia de Transportes de Belém (CTBel), caso ela não reorganize o trânsito de caminhões na cidade até a próxima terça-feira.
A Ctbel deveria ter comparecido ontem a uma audiência na sede do MPE, juntamente com órgãos públicos e privados, para discutir soluções para o trânsito caótico na capital paraense. No entanto, por meio de nota enviada pela Secretaria de Assuntos Jurídicos do Município de Belém (Semaj), a Companhia de Transportes justificou sua ausência na reunião alegando que tinha uma ampla campanha do órgão para promover no mesmo dia.
De acordo com o promotor de Justiça de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural de Belém, Benedito Wilson Sá, o convite para a audiência tinha sido feito com uma semana de antecedência e a justificativa mais plausível para a falta de um representante da CTBel seria a ausência do prefeito Duciomar Costa na cidade. Por causa disso, a audiência foi adiada para a próxima terça-feira, 25 de agosto, às 9 horas, no mesmo local.
Apesar do acidente que fez Belém parar na última quinta-feira - quando uma carreta bateu em uma passarela na avenida Almirante Barroso - Benedito Wilson Sá disse que esse não foi o motivo da audiência. Mesmo assim, é claro que o acidente veio apenas confirmar que existe a necessidade de maior controle de trânsito de veículos pesados na cidade. 'Com o tráfego de caminhões na cidade, se perde área de estacionamento e a capacidade de ir e vir das pessoas. Até porque eles causam congestionamentos e muito tumulto em horários de maior fluxo de veículos', disse o promotor de Justiça.
De acordo com o superintendente da Polícia Rodoviária Federal, Isnard Ferreira, um dos únicos representantes de órgãos públicos que compareceu na audiência, já existe uma lei desde 1996 que proíbe o tráfego de veículos pesados no centro histórico da cidade. No entanto, ela nunca foi cumprida.
'Precisamos de uma solução para um caos que não tem solução. E, para isso, há a necessidade de reunir todos os atores que estão diretamente envolvidos nessa situação. As pessoas tiram a carteira e esquecem de ler o código. Você não pode entrar em um país e alegar que não conhece as leis daquele lugar. É absurdo. Somos obrigados a saber a legislação', informou.
Além disso, Isnard Ferreira alegou que existe um terminal de cargas, na rodovia BR-316, próximo ao clube da AABB, que é pouco utilizado. Isso porque é pouco lucrativo as empresas.

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