No AMAZÔNIA:
O vereador Carlos Augusto Barbosa (DEM) vai pedir providências à Mesa Diretora da Câmara Municipal de Belém (CMB). Segundo ele, as pessoas que tumultuaram a sessão sobre a privatização da água sempre estão na Casa promovendo esse tipo de confusão. O parlamentar afirma que ontem um deles estaria armado dentro do plenário. Os participantes da audiência lamentaram o tumulto, como Luiz Otávio da Mota Pereira, membro da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. 'Infelizmente, o debate descambou para a violência', criticou.
Luiz Otávio fez uma exposição breve sobre como está o sistema de abastecimento de água e esgoto de Belém. E afirmou que experiências de privatização, com em Manaus e Campo Grande, não foram bem-sucedidas. 'Nessas cidades não houve redução da tarifa ou melhora nos serviços', assinalou o engenheiro.
O vereador Otávio Pinheiro (PT), autor do requerimento da sessão, junto com os vereadores Adalberto Aguiar e Alfredo Costa, além de Carlos Augusto, reclamou da ausência de Raul Meireles, o presidente do Serviço Autônomo de Abastecimento e Esgoto de Belém (Saaeb). Segundo o parlamentar, o principal representante da prefeitura na discussão estaria zombando do Poder Legislativo, quando enviou um comunicado informando não poder participar da sessão por ter ido ao Tocantins se reunir com Adriano José Corrêa Grossara, presidente da Saneatins, uma das empresas interessadas na concorrência pública para gerir ao sistema de abastecimento na capital paraense.
'Coloco todo o projeto de lei em suspeição, porque já estão tentando negociar a privatização com empresas antes mesmo de o projeto ser votado', reclama o vereador. O presidente do Sindicato dos Urbanitários, Ronaldo Romeiro, também fez a mesma reclamação e disse que a mobilização vai continuar. Hoje, na audiência pública da Assembléia Legislativa, os sindicalistas vão marcar presença. A entidade sindical também está reunindo assinaturas contra a privatização e deve levar a campanha aos distritos da Sacramenta, Bengui e Mosqueiro.
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