quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Sespa tenta justificar falhas no atendimento de vítima fatal

No AMAZÔNIA:

A morte da enfermeira Sandra Helena Prado Reis, primeira vítima fatal da gripe suína no Pará, desperta muitas dúvidas. Ela morreu no início da tarde da última segunda-feira, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Guadalupe, em Belém. Antes, Sandra recebeu o primeiro atendimento na Unimed Doca. O que não está claro é a forma como os dois atendimentos foram conduzidos, já que além da paciente ser do grupo de risco e não ter sido medicada com o antiviral específico, seu caso só foi notificado à Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) seis dias após o aparecimento dos primeiros sintomas, o que, para a família da enfermeira, pode ter contribuído para o agravamento da doença.
Em entrevista coletiva concedida na manhã de ontem, o coordenador interino da Vigilância Epidemiológica da Sespa, Amiraldo Pinheiro, tentou justificar as prováveis falhas desde os primeiros socorros prestados a Sandra Prado. 'Não se pode precisar se houve demora ou não no atendimento a esta paciente. Tanto a rede pública quanto a rede privada de saúde têm ciência de como tratar os casos suspeitos de gripe A. Porém, não conseguimos impor o mesmo ritmo adotado na rede pública, no que diz respeito ao diagnóstico clínico da doença', disse.
Segundo o coordenador, três profissionais de saúde de cada um dos 143 municípios paraenses receberam treinamento sobre o enfrentamento da pandemia.
Questionado sobre a demora na notificação do caso de Sandra Prado pelo Hospital Guadalupe à Vigilância Epidemiológica estadual, Amiraldo Pinheiro disse que não houve contato entre as duas instituições para que se conheça o histórico do atendimento à paciente.
Sobre o fato de a paciente não ter sido medicada com o Tamiflu, o coordenador nega que tenham havido falhas. Porém, admite que a rede particular pode ter dificuldades em diagnosticar casos de infecção por H1N1.

Um comentário:

Anônimo disse...

Por que a Sespa não abre um procedimento investigativo contra o hospital particular a fim de verificar quem incorreu em culpa?
Não pode? Pode sim. Tem poder de polícia administrativa sobre eles.

Cadê o Ministério Público???????