No AMAZÔNIA:
Dezenas de amigos e familiares acompanharam o sepultamento da enfermeira Sandra Helena Prado Reis, na manhã de ontem, em um cemitério particular no bairro de Levilândia, em Ananindeua. Sandra era portadora de pneumopatia crônica, além de asma, e foi a primeira vítima da gripe suína no Pará.
Segundo a jornalista e irmã da vítima, Ana Prado, a morte de Sandra envolve uma série de polêmicas. Uma delas é sobre a atenção especial que as autoridades em saúde devem dispensar a todos os casos suspeitos, para que novas mortes sejam evitadas.
'A morte da Sandra precisa ser estudada, até pela gravidade e pelo pouco tempo que a doença dela se proliferou. Espero que a Secretaria de Saúde, as instituições de pesquisa, os pesquisadores, a indústria farmacêutica se dediquem mais', pede.
Ana admite que o fato da doença ser nova inviabiliza respostas a uma série de dúvidas. No entanto, a jornalista destaca que a nova gripe precisa ser tratada com mais seriedade e, sobretudo, clareza.
'O que não dá pra criar é falso alarde, nem sensacionalismo. Não dá pra suspender aula, fechar as escolas e tampouco as instituições. Mas acho que as pessoas precisam encarar com mais cuidado, a levar a higiene mais a sério', acrescenta.
O sentimento de revolta também foi comentado por Ana Prado. 'Eu tenho que estar revoltada sim. Pra mim, que sou leiga, que sou professora e jornalista, é muito claro o que está no protocolo (do Ministério da Saúde)', afirma, ressaltando que, embora o documento possua um texto direcionado para profissionais da saúde, ainda assim a linguagem é suficientemente clara para entender que deveria ter sido utilizada o antiviral Tamiflu. 'O medicamento poderia ter prolongado a vida da minha irmã', lamenta a jornalista.
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