No AMAZÔNIA:
Trezentos e um presos fugiram das carceragens de unidades policiais desde o dia 1º de janeiro deste ano até ontem. A informação é do Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Pará (Sindpol). Desse total, 40 foram só nos últimos cinco dias: 21 em Icoaraci, dez no Guamá e nove no Aurá. 'Na delegacia do Aurá, um policial civil foi rendido na hora que foi entregar a alimentação para os presos, teve a arma furtada e foi trancado na cela. Isso é um absurdo porque não é função de policial civil servir a alimentação de presos', enfatizou Raimundo Rivas, presidente do Sindpol, acrescentando que de 2007 a 2009 foram registradas 547 fugas de presos em seccionais e delegacias do Estado.
O caos observado nas unidades policiais é um dos temas que contribuem para a possibilidade de greve que vem sendo anunciada pelo Sindpol. 'Em todos os casos de fuga são instauradas apurações administrativas, na qual os policiais são investigados para verificar se houve alguma facilitação', explicou Rivas.
Paralisação - Uma assembleia geral dos policiais civis, na próxima terça-feira, dia 25, poderá decidir pela paralisação das atividades por 24 horas. A informação foi repassada, ontem à tarde, pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Pará (Sindpol), Raimundo Rivas, que está convocando a categoria para se reunir e organizar um protesto contra o fato dos policiais civis estarem atuando como agentes prisionais. 'Desde 2007 nós estamos denunciando essa situação de desvio de função e reivindicando que sejam contratados agentes prisionais para atuar na custódia dos presos que estão em unidades policiais', disse Rivas.
De acordo com dados levantados pelo presidente do Sindpol, até o dia 17 deste mês havia 450 presos em situação de superlotação nas seccionais e delegacias do estado. 'No ano passado, dois policiais civis de Parauapebas morreram em ocasiões em que estavam desempenhando atividades de agentes prisionais. Em Belém, este ano, outros dois morreram, pelo mesmo motivo', disse Rivas.
Na assembleia do dia 25, que será na Seccional da Marambaia, às 10 horas, a categoria irá discutir a proposta de paralisar por 24 horas as atividades, como forma de reivindicar a contratação de agentes prisionais.
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