Retrato do descaso

No AMAZÔNIA:

Moradores e comerciantes das imediações do Mercado de Santa Luzia têm sofrido com a falta de higiene e segurança na feira livre do largo do mercado, no Umarizal, enquanto feirantes reclamam das péssimas condições de trabalho. A falta de estrutura e de organização atrai animais causadores de doenças, como ratos, baratas e lacraias, não só na feira e no mercado, mas também nas residências e pontos comerciais da região.
Segundo a dona de uma loja, que não quis se identificar, feirantes jogam lixo no chão e não zelam por suas próprias barracas, onde há pombos e moscas perto das mercadorias. 'Não pode nem dizer que aqui é um bairro nobre. Ninguém suporta o fedor', reclama a comerciante.
Bruno Leite, funcionário de uma papelaria localizada ao lado do mercado, diz que a feira está abandonada pelo poder público, que se mantém suja e atrai muitos insetos e ratos para dentro do comércio onde trabalha. Ele denuncia também a falta de segurança, que acredita ser facilitada pela desorganização da feira. A dona da papelaria já sofreu sequestro relâmpago e a loja já foi assaltada por duas vezes.
Para os feirantes, o problema é a falta de organização causada pela Prefeitura Municipal de Belém, que deslocou ambulantes da frente da Santa Casa para o local. Maria Pantoja vendia lanches em frente a Santa Casa e foi levada para o largo do Mercado de Santa Luzia com a promessa de que a mudança seria temporária, até sua instalação dentro do mercado. Assim aconteceu com outros ambulantes, que ainda esperam uma posição da orefeitura referente às suas novas instalações.
A falta de segurança atinge somente aos transeuntes, que sofrem assaltos de ladrões que utilizam a feira para a fuga ou como esconderijo. A área tambem é perigosa para os carros parados em sinais de trânsito do cruzamento, onde assaltos e sequestros relâmpagos são frequentes.