quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Regras para embarcações

No AMAZÔNIA:

Donos de embarcações regionais receberam esclarecimentos ontem sobre os procedimentos a serem tomados para prevenir a gripe A. Em reunião convocada pelo Ministério Público Federal (MPF) e Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), foram distribuídos kits com alertas informativos sonoros, a exemplo daqueles veiculados nos aeroportos, máscaras, panfletos e frascos de álcool em gel. A Anvisa estabeleceu a próxima segunda-feira como o prazo limite para que os barcos e balsas se adequem às exigências. A reunião integra o procedimento investigativo aberto pela procuradora Regional dos Direitos do Cidadão, Ana Karízia Teixeira, para apurar de que forma estão sendo tomadas as medidas de prevenção e atendimento contra o vírus H1N1. Caso as empresas não atendam à recomendação, poderão sofrer punições, garantiu a procuradora.
A preocupação com as embarcações regionais cresceu depois da mudança de protocolo do manejo da doença. Antes, os navios vindos de países com muitos casos eram barrados nos portos paraenses, contudo, com a presença do vírus circulando no Estado, o cuidado aumentou, principalmente pela quantidade de passageiros transportados diariamente.
A diretora de gestão portuária da Companhia Docas do Pará (CDP), Socorro Pirâmide, afirma que até hoje nenhum caso de gripe A entrou pelos portos, mas que as ações serão intensificadas. A CDP orienta que a presença de passageiros com sintomas da doença seja notificada a Capitania dos Portos, que ficará responsável em repassar a informação para os demais órgãos. Também vai capitanear recursos para fazer o resgate de passageiros em estado grave. 'Há viagens que duram o tempo de manifestação dos sintomas, então precisamos estar preparados para resgatar esses passageiros', disse Socorro. O passageiro deve ser mantido em espaço reservado no barco até chegar no próximo terminal, seja seu destino ou não, para evitar riscos aos demais tripulantes.
Para identificar os sintomas, os trabalhadores das embarcações serão treinados pela Anvisa e atuarão como agentes. 'Os donos de empresas deverão informar quantas pessoas precisam ser treinadas, a partir da necessidade de cada uma', informou a coordenadora de portos, aeroportos e fronteiras do Pará, Patrícia Sebastião. No Pará, existem 41 empresas de transporte fluvial e algumas chegam a transportar cerca de 800 passageiros por dia.
Meire Raposo administra uma empresa que faz viagens para Ilha do Marajó. Ela diz que as informações passadas pela Anvisa contribuíram para que ela pudesse explicar melhor as formas de contágio e prevenção da gripe A. 'Trabalhamos com pessoas de baixa instrução, levando cerca de 100 por dia e precisamos estar aptos para tirar as dúvidas quando estivermos navegando', afirmou.

Nenhum comentário: