No AMAZÔNIA:
O Ministério Público do Estado (MPE) vai fazer ainda este mês, dentro do procedimento administrativo que apura as responsabilidades das secretarias de saúde municipal e estadual no enfrentamento à doença, uma vistoria nos hospitais de pronto-socorro e unidades de saúde de Belém para avaliar se há tratamento adequado para os casos suspeitos de Influenza A e possibilidade de expansão de atendimento caso haja maior demanda de pacientes. Ontem, o promotor de Justiça Franklin Prado ouviu da Sespa e da Sesma quais as medidas que estão sendo tomadas para conter a propragação do vírus e atender quem apresenta a sintomatologia.
O titular da Sesma, Antônio Vinagre, disse que os profissionais da área de saúde, médicos e enfermeiros, estão recebendo capacitação para melhor diagnosticar os casos e não descartou a possibilidade de contratação temporária desses profissionais, caso haja necessidade. Mesmo com toda a precariedade da saúde em Belém, ele afirma que medida que será implantada é a criação de espaços e equipe específicos para o atendimento de quem apresenta sintomas da gripe A.
A representante da Sespa, Ana Lúcia Ferreira, informou que o Estado tem orientado, por meio das regionais, o manejo dos casos e o encaminhamento dos pacientes em estado grave para o Hospital Universitário João de Barros Barreto, que dispõe de sete leitos para esse atendimento. Esses leitos, contudo, informa a Sespa, são para o SUS. 'Estamos em um processo de transição, com maior análise dos casos para posterior encaminhamento. Nosso foco é quem apresenta todos os sintomas em conjunto (febre alta, tosse, falta de ar e coriza)', informou.
Quem também deve ser ouvido pelo MPE nos próximos dias são os representantes da rede particular de saúde. Segundo a Sespa, esses hospitais têm capacidade de atender seus pacientes graves, a fim de não superlotarem o Barros Barreto.
O promotor de Justiça Franklin Prado informou que havia recebido denúncia de demora na liberação de remédios como o tamiflu, indicado para o tratamento da gripe A. A Sespa respondeu que tem conhecimento de casos em que a doença nem está confirmada e o paciente já quer iniciar o tratamento, contudo a orientação é que só seja liberado com prescrição médica. 'Não podemos correr o risco de tornar o vírus mais resistente ao medicamento', disse Ana Lúcia Ferreira.
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