domingo, 9 de agosto de 2009

Dia dos Pais ignora crise

No AMAZÔNIA:

Da mesma forma que a crise mundial pouco afetou a venda para o Dia das Mães em Belém, que registrou alta de 10% em maio passado, o comércio paraense espera comemorar o aumento das vendas de presentes para o Dia dos Pais, comemorado hoje. O Sindicato dos Lojistas de Belém (Sindilojas) prevê 6% de aumento no faturamento em relação a 2008.
Larissa Libóia, gerente de marketing de uma rede de lojas de departamento de Belém, espera que a média de gasto com o presente para os pais passe dos R$ 80,00 do ano passado para R$ 150,00 ou até mesmo R$ 200,00, por conta da inauguração da TV Digital no Estado. 'De acordo com o que já temos verificado, vai ser comum os filhos se juntarem para dar uma TV ao pai ou um conversor para a TV digital. É natural, porque é um presente que agrada toda a família e vai servir para todos, inclusive para os próprios filhos', explica a gerente.
A presença de um conversor digital - que custa entre R$ 450,00 e R$ 600,00 na loja em que Larissa trabalha - na lista de presentes para o Dia dos Pais marca uma mudança ainda em curso para a data, já que roupas e assessórios masculinos continuam entre os mais comprados. Mas é crescente a procura por eletrônicos.
O vice-presidente do Sindilojas, Joy Colares, avalia que o varejo ignora a crise mundial. Para ele, quase nada mudou em Belém desde a queda nas bolsas de valores em todo o mundo, no segundo semestre de 2008. Para Colares, o crescimento das vendas só não vai empatar ou superar o do ano passado porque as condições econômicas eram bem melhores: comércio em pique, juros baixos e condições de pagamento excepcionais. No ano passado, o crescimento das vendas no Dia dos Pais foi de 10 a 15%, em relação a 2007.
O Dia dos Pais é a quarta em vendas no calendário do varejo nacional; perde apenas para o Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados. No entanto o faturamento total do comércio é menor com o Dia dos Pais, já que os presentes desta data costumam ser bem mais em conta do que os das mães, por exemplo. 'Para a mãe, a gente compra um eletrodoméstico. Para o pai, vai uma roupa ou um objeto de uso pessoal', explica Colares.
O supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena, calcula que haverá crescimento nas vendas do Dia dos Pais, mas não tão grande quanto de 2008, já que no ano passado o cenário econômico era bem mais favorável. De qualquer forma, os produtos estão cerca de 6% mais caros em relação ao ano passado. 'No geral, podemos dizer que este ano deve seguir a tendência do que tivemos no Dia das Mães. Houve boas vendas, o comércio aproveitou bem, mas sem euforia', avalia.

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