sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Desorganização e queixas

No AMAZÔNIA:

A desorganização marcou o que seria o primeiro dia da venda de ingressos para o jogo entre Paysandu e Icasa-CE, domingo, às 16 horas, na Curuzu, pelas quartas de final da Série C do Brasileiro. A promessa de começo das vendas ontem não foi cumprida. Depois de filas e protestos, os torcedores souberam - por vias informais - que devem retornar a partir das 8 horas de hoje aos pontos de venda para a compra das entradas. A reportagem esteve na manhã de ontem nos três pontos de venda - Curuzu, Sede Social do Paysandu e Posto Chermont II - e observou filas enormes e mal organizadas e empurra-empurra. Além disso, escutou de torcedores várias denúncias, que passaram pelas já tradicionais reclamações de falta de bilhetes de estudante.
'A internet da Curuzu deu bug e as máquinas que confeccionam os ingressos foram levadas para a sede social. Mas lá houve problemas para a instalação das máquinas e somente no final da tarde é que se começou a fazer os ingressos. Amanhã (hoje) os ingressos começam a ser vendidos desde às 8 horas nos mesmos locais que já estavam definidos', afirmou o presidente Luiz Omar Pinheiro.
Por conta da demora, que depois se mostrou falta de ingresso, alguns torcedores ensaiaram um protesto com bloqueio da Avenida Almirante Barroso, mas foram demovidos da ideia pelos policiais militares presentes. A forma encontrada para acalmar a torcida foi liberar a entrada dela no estádio para assistir ao coletivo de ontem à tarde.
A maior concentração de torcedores ocorreu na Curuzu. Desde as 7 horas, muitas pessoas já estavam no local. 'Cheguei cedo para comprar o ingresso pois sei que as meias-entradas para estudante acabam num piscar de olhos. Só não esperava perder praticamente o dia todo numa fila. É um absurdo isso. Estou há quase quatro horas na fila, debaixo de um sol quente e sem comer nada, já que trouxe o dinheiro contado', questionou o estudante Rodrigo Garcês, de 20 anos.
No meio da manhã, a fila na esquina da avenida Almirante Barroso com travessa do Chaco chegou a atingir o meio do quarteirão. Mas com a notícia de que a venda só começaria a partir das 15 horas, muitas pessoas voltaram para casa. Os que permaneceram só encontraram frustrações e novas desculpas para a falta de ingressos.
'É uma falta de respeito com o torcedor. Só depois que a gente começou a fazer barulho é que apareceu um funcionário do Paysandu pra avisar que a venda só iria começar à tarde. Eu sou jovem e ainda posso suportar a espera, mas alguns idosos não suportaram o calor e voltaram pra casa sem ingresso nenhum', disse o universitário Rodrigo Azevedo, 23, que chegou à Curuzu por volta das 8 horas com o intuito de comprar duas entradas de arquibancada e outras duas para o setor de cadeiras.

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