No AMAZÔNIA:
Na última quarta-feira, 19, um estudante de 15 anos de idade matou um colega de sala de aula, de apenas 13 anos, durante o recreio na sede da Escola Municipal de Ensino Fundamental e Infantil Rotary, no bairro da Cremação, em Belém. Segundo levantamentos policiais, o motivo do homicídio foi um desentendimento entre os dois estudantes no dia anterior, provocado por zombarias. O fato chocou à comunidade escolar e a opinião pública, além de atrair a atenção da sociedade para a violência nas escolas.
O professor da Unama, Reinaldo Pontes, que coordena o Observatório de Violência nas Escolas, chama a atenção para o fato de que esse crime não pode ser visto de forma isolada. De acordo com ele, a punição ao adolescente que matou o colega está longe de encerrar o problema. 'É preciso se olhar com uma lupa para essa questão porque esse tipo de fato demonstra que a família está enferma e a sociedade está sendo ineficaz e produzindo esse tipo de vítima-agressor porque uma pessoa não nasce um agressor, ela se torna um agressor', disse o pesquisador, que está em fase de conclusão de um trabalho de mapeamento da violência em Ananindeua, que deverá ser divulgado em breve à imprensa.
Pontes destaca que em pesquisa realizada sobre violência nas escolas na Região Metropolitana de Belém, entre 2006 e 2007, o 'Observatório' detectou que a violência psicológica está presente de forma bastante intensa nas escolas. Segundo a pesquisa, 41% dos alunos fizeram referência a esse tipo de violência e 43% dos professores também. 'Esse percentual é muito alto e não vejo, desde então, nenhuma atitude das escolas em trabalhar isso competentemente', criticou o pesquisador.
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