No AMAZÔNIA:
O delegado Justiniano Alves, superintendente do Sistema Penal do Estado (Susipe), garantiu que a liberação de Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, ontem à tarde, logo após a transferência dele da unidade de Altamira para Belém foi 'pura coincidência'. O fazendeiro é acusado de ser o mandante do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, em 2005, no município de Anapu.
A operação de transferência de Bida estava sendo organizada há pelo menos 10 dias. Há uma semana, em reunião com o secretário de Estado de segurança Pública, Geraldo Araújo, e com o Delegado Geral de Polícia Civil, Raimundo Benassuly, Justiniano Alves definiu detalhes operação, que ocorreu por determinação da Corregedoria do Tribunal de Justiça do Estado (TJE).
A determinação pontuava, inclusive, que a remoção de Vitalmiro Bastos de Moura deveria ocorrer para o Centro de Recuperação de Americano (CRA) I. Para não incorrer em desobediência, a Superintendência do Sistema Penal organizou a operação de transferência. 'Tivemos a preocupação até de checar no Fórum de Altamira se havia algum alvará de soltura, mas nada foi confirmado', relatou.
Ao chegar no CRA I, a equipe que atuou na remoção do preso se surpreendeu com o alvará de soltura expedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), apesar de a notícia ter sido amplamente divulgada pela imprensa. 'O advogado dele também estava em Belém. Mas para nós foi ruim, porque gastamos dinheiro desnecessariamente. A Susipe está economizando o almoço para comprar a janta', reclamou Justiniano Alves.
Histórico - Bida havia sido julgado em 2007 e condenado a 30 anos de prisão em regime fechado, acusado de ser o principal mentor e financiador da execução da missionária norte-americana Dorothy Stang. O crime foi motivado pela disputa de uma gleba de terras da União no município de Anapu. A religiosa lutava para incluir a gleba no Plano de Desenvolvimento Sustentável (PDS) para beneficiar 600 famílias de agricultores.
O segundo júri popular, no qual o fazendeiro foi absolvido, terminou anulado pelo TJ porque os desembargadores entenderam que a defesa utilizou um prova ilegal: um vídeo gravado dentro da penitenciária por Tato, inocentando Bida de ser um dos mandantes do assassinato de Dorothy.O depoimento foi incluído nos autos sem o conhecimento do Ministério Público e do juiz responsável pelo caso. O promotor Edson Cardoso pediu uma investigação para saber como o vídeo foi gravado e quem facilitou a gravação na cadeia.
Um comentário:
Ei, Bida, pede para a Murrieta te ensinar como é que se faz para se passar por doido.
Será o melhor roteiro pra ficar livre, leve e solto.
Ô justiça...
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