domingo, 8 de fevereiro de 2009

Moral e tabu em disputa

No AMAZÔNIA:

O confronto entre Remo e Paysandu hoje, às 16 horas, no Mangueirão, tem tudo para ser mais emocionante do que o habitual. Talvez, na história do Campeonato Paraense, poucas vezes um primeiro clássico tenha sido disputado debaixo de tanta expectativa. Além da tradicional rivalidade que sempre temperou o encontro entre azulinos e bicolores, outros fatores acabaram aumentando ainda mais a importância da partida. Para os dois times, o jogo tem ares de decisão.
Uma vitória do Paysandu, além de encerrar o tabu de sete jogos sem vencer o arquirrival, deixará o time bem perto da classificação para as semifinais do primeiro turno e poderá precipitar a queda do treinador azulino Flávio Campos, isso sem falar que o Leão poderá sair novamente das quatro primeiras colocações. Um empate ou triunfo do time da Antônio Baena embolaria tudo e esquentaria de vez o Parazão.
O Paysandu divide a liderança da competição com o São Raimundo, soma dez pontos e está invicto depois de três vitórias e um empate. O time tem três pontos de vantagem sobre o Remo e só perde nos critérios de desempate para o Pantera santareno (sem o resultado da rodada de sábado), seus principais rivais na disputa pelo título. Se vencer neste domingo, a equipe dirigida por Édson Gaúcho precisará apenas ratificar seu favoritismo diante dos times intermediários nas próximas três rodadas para chegar à fase decisiva precisando de dois empates para conquistar a Taça Cidade de Belém.
Tática - Apesar do tropeço no meio da semana - um empate em 1 a 1 com o Ananindeua -, a equipe bicolor não muda muita coisa para o clássico. O treinador mantém a defesa e o meio-campo que iniciou a partida de quarta-feira, mas altera o ataque - Zé Augusto entra jogando, substituindo Zé Carlos, que não foi bem nos últimos três jogos do time.
Taticamente, o Papão não deverá ser muito diferente dos seus jogos anteriores. A equipe deverá apostar nas investidas de seus alas - Alex Sandro e Aldivan - e no bom poder de criação do setor de meio-campo, que tem como referência os habilidosos Vélber e Rossini.
Mistério - No Remo, Flávio Campos fez mistério sobre a escalação de sua equipe para o clássico de hoje, menos por vontade de esconder o jogo do inimigo e sim por necessidade. Ontem, o treinador confirmou a entrada do experiente Helinho no lugar de Heliton, ao lado de Marcelo Maciel no ataque. Helinho foi regularizado na Federação Paraense de Futebol (FPF) e já pode ser escalado.
Já o meia Jaime está mais do que confirmado no meio-campo da equipe. O experiente meia terá a responsabilidade de cadenciar as jogadas de meio-de-campo e criar as jogadas ofensivas do time. Há também a possibilidade da equipe atuar com três volantes - Diego Maciel entraria no lugar de Gegê.
Apesar de o treinador já ter declarado que não gosta de usar atletas sem condição física, não será surpresa caso a zaga também sofra alterações. O contestado garoto Bruno Oliveira poderá ceder lugar ao experiente Rogério Corrêa.

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